05/02/25

O fortalecimento do setor mineral no cenário global foi um dos temas abordados em reunião entre o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).  A reunião, realizada nesta terça-feira (dia 4/2), em Brasília (DF), contou com a participação do Ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, do diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, do vice-presidente do IBRAM, Fernando Azevedo e Silva, e do diretor de Relações Institucionais do Instituto, Rinaldo Mancin.

Da esq. para a dir. Fernando Azevedo, o ministro embaixador Mauro Vieira, Raul Jungmann e Rinaldo Mancin.

De acordo com Raul Jungmann, a promoção da imagem do Brasil e de sua mineração no exterior é essencial para atrair novos investimentos. “É muito positivo destacar as oportunidades de negócios na mineração do Brasil, especialmente, no contexto da transição energética. O país se posiciona como um fornecedor estratégico de minerais essenciais, sendo o 5º maior produtor mundial”, afirmou Jungmann.

Também esteve na pauta a relevância do setor mineral na COP30, conferência sobre mudanças climáticas da ONU, a ser realizada em Belém (PA), em novembro. O vice-presidente do IBRAM, Fernando Azevedo, ressaltou as oportunidades que o evento representa para o Brasil e o mundo. A comitiva do IBRAM solicitou ao ministro que o contexto envolvendo as contribuições da mineração e dos minérios que produz para favorecer a transição energética e combater a mudança climática façam parte da agenda de discussões da COP30. “A COP30 abre portas para negócios verdes, e é fundamental adotar uma nova política industrial que impulsione setores econômicos, como a mineração brasileira, conectando-os com as demandas globais por soluções sustentáveis”, destacou.

Outro ponto de destaque da reunião foi a discussão sobre a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1178, que questiona, no Supremo Tribunal Federal, a legalidade de ações judiciais movidas por municípios brasileiros contra empresas que atuam no Brasil em tribunais internacionais, envolvendo o rompimento de barragem em Mariana (MG). O tema gerou debates sobre as implicações legais e diplomáticas que essas ações podem ter para o Brasil, afetando tanto o ambiente jurídico quanto as relações internacionais do país.