IBRAM alerta governo a expandir mineração para acelerar transição energética
01/08/24
Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e, organizada pelo MCTI, O presidente do IBRAM, Raul Jungmann, ressaltou que país está diante de uma oportunidade de fomentar seu desenvolvimento e se posicionar na liderança do suprimento global de minerais críticos para a transição energética.
O Brasil precisa estimular a expansão sustentável da mineração em larga escala para fomentar um incremento estratégico em seu desenvolvimento, qualificando-se a ser um dos líderes do suprimento global de minerais críticos para a transição energética, uma demanda comum a diversas nações que agem para superar a emergência climática. A afirmação é do diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann. Ele foi um dos palestrantes e debatedores do painel Eixo III – Minerais estratégicos no contexto de um projeto nacional (litio, nióbio, silício), no segundo dia da V Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação, em Brasília, nesta 4ª feira (31/7). O evento é organizado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Não há possibilidade de promover a transição de uma economia liderada pelos combustíveis fósseis para uma economia marcada pela neutralidade de carbono, sem investirmos na produção e na oferta de minerais críticos para esta transformação”, diz Jungmann. Segundo ele, “a transição energética nos conecta a todos no mundo e o Brasil apresenta enorme potencial para fornecer os minerais críticos à essa transição, portanto, a mineração representa um passaporte para o futuro para o país, uma oportunidade articulada com a questão dos minerais críticos. O Brasil tem como se colocar como uma potência nesse mercado emergente” e colher benefícios diversos, como mais investimentos, mais empregos, renda, impostos e divisas.
Raul Jungmann condiciona o avanço do país nesse campo de alto interesse global à estruturação de políticas públicas que estimulem a mineração. Sobre este tema, ele diz que o IBRAM, em parceria com o CTEM/MCTI, apresentou ao Congresso Nacional um estudo intitulado Por uma política de minerais críticos e estratégicos para o Brasil e para o futuro – Fundamentos e diretrizes. A publicação visa contribuir com o debate nacional voltado a estabelecer as políticas públicas para a mineração e está disponível no site do IBRAM. Este trabalho abrange tanto minérios e metais tradicionais, como ferro, cobre e alumínio, quanto outros que passam ou deverão passar a figurar na pauta de produção nacional com maior expressão, como lítio, cobalto, terras raras, vanádio, nióbio, silício, entre outros.
Também participaram do painel, ao lado de Raul Jungmann, Marcos Pimenta (UFTIG), Ricardo Lima, CEO da CBMM (associada ao IBRAM), Silvia França, diretora do Centro de Tecnologia Mineral do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (CETEM), Vitor Eduardo de Almeida Saback, secretário de Mineração, Geologia e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia e João Fernando Oliveira (EMBRAPII).