Horizonte confirma potencial para produção comercial de ferroníquel no Pará
11/11/15
A Horizonte Minerals finalizou os testes da planta-piloto do forno calcinador rotativo (RKEF, na sigla em inglês) do projeto de níquel Araguaia, no Pará, que apontaram produção de ferroníquel de alto teor com base contínua e sustentável para especificação comercial. A planta-piloto, que fica em Morro Azul, Minas Gerais, processou 160 toneladas base úmida de minério por 11 dias, 24 horas por dia.
A amostra em grande escala foi testada para representar o minério que será extraído pela Horizonte no projeto Araguaia e será processado nos nove primeiros anos de produção comercial. Araguaia se tornou um dos maiores depósitos de níquel laterítico do mundo depois que a mineradora britânica anexou um projeto de níquel da Glencore, também chamado Araguaia, ao empreendimento.
Em comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira (10), a Horizonte informou que a secagem e aglomeração produziram um ?excelente material de alimentação para ser processado em alta temperatura? no RKEF. A mineradora disse que foi realizada uma calcinação contínua de boa qualidade no forno, com pouca geração de poeira e níveis favoráveis de pré-redução, de 60% para óxido de ferro e 10% para redução de óxido de níquel.
A fundição do RKEF produziu ferroníquel de alta qualidade acima da meta de teor comercial de níquel e com uma recuperação superior a 93%, de acordo com a Horizonte. A mineradora disse que não foram identificadas falhas no fluxo de trabalho do equipamento.
Todos os dados técnicos serão incorporados ao estudo de viabilidade completo para o projeto final comercial do RKEF, previsto para 2016. Também serão agregados os dados do projeto Araguaia da Glencore, adquirido recentemente pela Horizonte.
Os objetivos principais dos testes da planta-piloto integrada eram confirmar o comportamento de fundição do minério de Araguaia, a forma de operação do RKEF, assim como a produção de ferroníquel e de escória em altas temperaturas e a qualidade com base nas condições similares às de uma operação comercial.
A planta-piloto de Morro Azul foi construída pela Anglo American e agora é operada pela Igeo, de São Paulo. O equipamento foi utilizado por muitas grandes players de níquel, como a Vale e a própria Anglo, para testes pilotos, treinamento de pessoal e testes de produto final.
O projeto Araguaia, da Horizonte, tem recursos indicados de 72 milhões de toneladas com 1,33% de níquel e recursos inferidos de 25 milhões de toneladas e 1,2% de níquel, segundo dados do estudo prévio de viabilidade, publicado em 25 de março do ano passado.
A estimativa de recursos minerais do projeto Araguaia, da Glencore, foi publicada em relatório com data de 31 de dezembro de 2013 e aponta recursos medidos e indicados de 105,1 milhões de toneladas com teor de 1,33% de níquel e recursos inferidos de 18 milhões de toneladas com teor de 1,3% de níquel. O teor de corte é de 0,9% de níquel. Os dados ainda não foram integrados aos recursos do projeto Araguaia da Horizonte.
A mineradora britânica disponibilizou em seu website um vídeo que mostra os testes da planta-piloto. Clique aqui para assistir.
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