Grupo de voluntários da MRN leva o mundo das palavras a adultos
09/07/09
O Pará detém o maior índice de analfabetismo do Brasil. São 579 mil jovens e adultos que não sabem ler nem escrever um bilhete simples com meia dúzia de palavras. Esse número representa 4,1% do total de brasileiros analfabetos, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) analisados pelo Ministério da Educação (MEC) no último Censo Escolar.
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Essa realidade de muitos adultos que não foram alfabetizados, e que sentem a falta desse conhecimento, foi o ponto de partida para as atividades do projeto ?Mãos que Ajudam – Voluntários Pela Educação?, iniciativa que faz parte do Programa de Voluntariado Empresarial (PVE), desenvolvido pela Mineração Rio do Norte (MRN) desde 2004.
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O projeto conta, atualmente, com uma turma de 16 adultos que aceitaram o desafio de aprender a ler e escrever numa idade considerada avançada. Aos 43 anos de idade, o estivador Atenecir Silva é um dos alunos participantes do projeto. Ele trabalha há 20 anos em Porto Trombetas a serviço do Sindicato dos Estivadores de Oriximiná e a vontade de aprender é grande. ?Não tive como aprender quando era criança e agora quero tentar aqui. Temos que aproveitar a oportunidade para crescer cada vez mais. Meu filho de 22 anos me diz que estou certo em querer estudar?, ressalta.
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Formado por empregados da MRN e funcionários de empresas contratadas, o Programa de Voluntariado Empresarial baseia-se, de acordo com a política de Responsabilidade Social da MRN, em quatro pilares: Educação, Saúde e Segurança, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. No projeto educacional, seis voluntários revezam-se na condução das aulas, encarando junto aos alunos a dupla jornada de trabalho.O administrador Jorge Nascimento, empregado da MRN, é um deles. Ele conta que a missão do grupo é levar aos alunos os primeiros passos da alfabetização. ?Sempre tive vontade de trabalhar com a alfabetização de adultos, o que não é fácil, pois eles já têm opinião formada. O trabalho aqui é de pegar na mão e ajudar os alunos em cada letra?, explica.
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A assistente administrativa Vivian Silva também é voluntária do projeto e garante que o envolvimento do grupo com o trabalho só tem aumentado. ?É muito gratificante chegar aqui e ver que, mesmo cansados após o trabalho, eles vieram para a aula. Ficamos empolgados para fazer o trabalho, é um grande desafio, mas está valendo a pena?, ressalta Vivian. O projeto tem duração de um ano e ao todo oferece 20 vagas. As aulas são realizadas duas vezes por semana. A ideia é que, após o período de alfabetização, os participantes continuem os estudos nos cursos do Sesi oferecidos em Porto Trombetas.
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Antes de se tornarem voluntários, os integrantes do projeto passaram por treinamento em voluntariado empresarial. ?Através do programa é possível contribuir para a transformação de uma realidade. O voluntário só precisa estar disposto a doar um pouco do seu talento e do seu tempo. Não é preciso ser especialista, o que conta é a motivação solidária, o prazer de ajudar, de se sentir útil. A realização de um trabalho voluntário possibilita;o exercício da cidadania e, acima de tudo, enriquece a relação humana, pois favorece o contato com diferentes pessoas, fortalecendo o trabalho em equipe?, explica o gerente de Relações Comunitárias da MRN, José Haroldo de Paula.
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Assessoria de Imprensa MRN
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