10/06/08

Grupo indonésio-chinês faz visita técnica ao Ceará para conhecer o potencial, a infra-estrutura e a logística que o Estado dispõe para a exploração do minério de ferro. A informação é presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Antonio Balhmann, que na quarta-feira segue com os representantes do Grupo Salim para conhecer as ocorrências de minério de ferro verificadas em Quiterianópolis, Sobral e Barroquinha, além da logística do Porto do Pecém e da ferrovia.Balhmann destaca que o estágio atual de informações sobre o minério de ferro indica que o Estado possui muitas áreas de pequeno e médio portes. Adianta que a localização e a infra-estrutura existentes permitem o investimento, que ficaria mais barato que uma exploração na selva ou outro local de difícil acesso. Segundo ele, a demanda e a valorização do minério no mercado mundial são outros pontos que viabilizam o negócio. O Governo do Estado aposta no ciclo do ferro no Ceará para desenvolver o semi-árido, como já divulgou com exclusividade O POVO. Para o Governo, existe a viabilidade econômica da exploração das jazidas localizadas no noroeste do Estado, área que engloba do Sertão dos Inhamuns até municípios como Sobral. Geólogos estimam que as reservas cearenses devam produzir 200 milhões de toneladas de minério, quantidade suficiente para abastecer, por exemplo, a siderúrgica do Pecém por 30 anos.ConfirmaçãoNo final de maio, o diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Eduardo Diogo, confirmou a viabilidade econômica da exploração de ferro em solo cearense. Segundo estudos preliminares da Universidade Federal do Ceará (UFC), as ocorrências do minério estão espalhadas por várias áreas do Estado. A quantidade estimada das jazidas locais está em reservas de pequeno porte. De acordo com os levantamentos realizados pela UFC, há ferro em municípios como Sobral, Mucambo, Boa Viagem , Tejuçuoca, Quiterianópolis, Novo Oriente e em Santa Quitéria e Martinópolis, em menor quantidade.No âmbito nacional, o Anuário Mineral Brasileiro (AMB), de 2006, informava que o Estado possui reserva de 25 milhões de toneladas. O documento é do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que ressalta que é preciso realizar pesquisas para confirmar as ocorrências recém-descobertas.

O Povo – CE