Governo retoma Levantamento Aerogeofísico de Mato Grosso
24/03/08
O Governo do Estado já retomou as ações voltadas para o setor mineral mato-grossense. Nos primeiros meses de 2008 foi reiniciado o Levantamento Aerogeofísico do Estado de Mato Grosso que nesta segunda etapa abrange uma área aproximada de 74 mil Km2, na região dos municípios de Alto Paraguai, Tangará da Serra, Barra do Bugres, Mirassol d´Oeste, Porto Esperidião, Jauru, Pontes e Lacerda, Sapezal, Nova Lacerda, entre outros. De acordo com o coordenador do projeto, geólogo especialista em geofísica, João Batista Freitas de Andrade, os vôos para coleta dos dados já iniciaram e são realizados diariamente e ainda terão uma duração de três meses, dependendo das condições climáticas das áreas levantadas. O processo de análise dos dados coletados terá uma duração de seis meses, com previsão de entrega do trabalho para o final deste ano. O Levantamento Aerogeofísico de Mato Grosso é um projeto do Governo do Estado, por meio de uma parceria entre a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e Serviço Geológico do Brasil (CPRM), com custo total de R$ 8,9 milhões, sendo R$ 4,4 milhões por parte da CPRM e R$ 4,5 milhões aplicados pela Sicme. Para a realização do Levantamento Aerogeofísico do Estado de Mato Grosso, a Sicme juntamente com a CPRM utilizou tecnologia digital de última geração. A geofísica aérea é considerada uma ferramenta eficaz e econômica na prospecção de jazidas minerais, além de ser um método que garante bons resultados para o levantamento de regiões de difícil acesso e de densa cobertura de solos e vegetação. ?A geofísica aérea permite cobrir grandes áreas em curtos períodos de tempo, a custos relativamente baixos?, afirma o superintendente de Mineração da Sicme, Joaquim Moreno. No total foram investidos R$ 8,9 milhões, sendo R$ 4,4 milhões por parte da CPRM e R$ 4,5 milhões aplicados pela Sicme. O Levantamento Aerogeofísico está sendo realizado em duas etapas, sendo que a primeira apresentou o levantamento da Área I, concluída em 2007, com 46 mil Km2 (correspondente à região dos municípios de Paranatinga, Planalto da Serra, Nova Mutum, Nobres, Rosário Oeste, Chapada dos Guimarães) e a segunda etapa que está sendo realizada na Área II (região dos municípios de Alto Paraguai, Tangará da Serra, Barra do Bugres, Mirassol d´Oeste, Porto Esperidião, Jauru, Pontes e Lacerda, Sapezal, Nova Lacerda, entre outros) totalizando 120 mil Km2. Com a conclusão da segunda etapa do Levantamento Aerogeofísico o Estado poderá identificar as anomalias minerais existentes e fornecer informações precisas de uma área de 120 mil Km2, numa profundidade de até 19 km. O levantamento facilitará a pesquisa de distritos auríferos, mineralizações de metais não-ferrosos, corpos kimberlíticos com mineralização primária de diamantes e rochas carbonatíticas. METODOLOGIA O Levantamento Aerogeofísico utiliza os métodos de magnetometria e gamaespectrometria para realizar a coleta dos dados aerogeofísicos. A magnetometria irá detectar e determinar o posicionamento de corpos e estruturas magneticamente diferenciáveis, tanto rasas quanto profundas, visando um melhor entendimento da natureza geológica e da feição tectônica da região. Assim, esse método permite delimitar as principais estruturas e litotipos condicionantes de mineralizações, possibilitando a seleção de áreas restritas com maior potencial mineral. A gamaespectrometria irá auxiliar no mapeamento de litologias e estruturas superficiais, sobretudo aquelas de difícil visualização, correlacionando-as com as informações de subsuperfície. Os vôos que realizam o levantamento aerogeofísico são feitos a uma altura de 100 metros, em linha reta, com distância de 500m entre as linhas. Para realizar o Levantamento Aerogeofísico a CPRM contratou por meio de licitação as empresas, Fugro Geofísica Aérea e Terrestre e Prospectors, que mantém equipes sediadas atualmente em Cuiabá e Tangará da Serra.
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