06/06/07

Representantes da Alcoa se reúnem, nesta quinta-feira, 31, mais uma vez com a equipe do Governo do Estado para trabalhar dentro do um novo modelo de gestão pública para setores estratégicos para a economia regional.
Segundo a Alcoa, a proposta, estudada entre governo e empresa desde abril, é o primeiro passo para um novo nível de diálogo entre o poder público e as chamadas empresas-âncora para a economia do Pará. O grupo é formado pela Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, além de dirigentes empresariais convidados.
A criação desse grupo de trabalho foi proposta pelo governo em abril, mas já havia sendo antecipado pela governadora Ana Júlia Carepa aos dirigentes da Alcoa no mês de janeiro na abertura da exposição `Juruti Sustentável`, no qual a Companhia apresentou o andamento dos Planos de Controle Ambiental (PCAs) e as ações das Agenda Positiva de benefícios diretos ao município.
Para Ana Júlia Carepa esse novo `modelo de relacionamento` com as empresas de mineração `não se trata de uma relação de bravata, mas uma relação onde as mineradoras e o povo possam mudar o paradigma do modelo de desenvolvimento do Estado`.
Na reunião desta quinta-feira, o grupo de trabalho começa a discutir um plano em quatro frentes: ações sociais e ambientais, desenvolvimento urbano e regional, sistema regional de inovação e o último sobre fornecimento regional para a prestação de serviços e insumos. A idéia é buscar pontos de expectativa da empresa e do agente público para atender necessidades da sociedade. No caso da Alcoa, o Oeste do Pará. A proposta é formar um grupo de alto nível, que envolve a diretoria da empresa e secretários de governo, para desenvolver as políticas que o governo desenhou para o Estado.
TRABALHO SISTÊMICO
Para Nilson Souza, vice-presidente de Produtos Primários da Alcoa América Latina e diretor Geral da Mina de Juruti, a proposta do governo do Pará foi muito bem acolhida pela Alcoa. `O governo nos convocou para desenvolver em parceria um plano de trabalho sistêmico e não apenas em situações pontuais. Vamos ajudar a definir o planejamento estratégico do Estado`, afirmou.
Nesse processo existe um grande elenco de interessados, a exemplo de fornecedores, sociedade, imprensa, organizações não governamentais e os próprios agentes públicos. A função do governo é ser um catalisador dessas relações e buscar um equilíbrio nesse sentido. `Para nós da Alcoa, é a garantia de estarmos sintonizados com as estratégias regionais`, acrescenta Nilson Souza.
O diretor Geral da Mina de Juruti ainda diz que a Alcoa entende que planejar as demandas sociais não é uma atividade paralela ao seu negócio, muito menos uma tentativa de querer ser agradável com a sociedade. `Ao mesmo tempo em que pensamos na engenharia do projeto, criamos ou negociamos com o agente público 35 programas de controle ambiental. Nossa postura é para o diálogo, de aproximação, de entendimento sobre as expectativas e tentar traduzir essas expectativas nas nossas atividades. Tudo para que esse novo momento aconteça naturalmente, para que se crie esse equilíbrio`, finalizou.

O Liberal