Governo de Minas lança estudo inédito sobre exportações
02/09/07
O Governo de Minas lançou, nesta semana, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), duas publicações inéditas que ajudam a identificar o perfil e as potencialidades de cada região do Estado para a exportação de produtos e que servirão de base para a formulação das políticas estaduais de comércio exterior. Além de confirmar a importância de produtos tradicionais como o minério e o café, o Panorama do Comércio Exterior de Minas Gerais e o Mapeamento das Exportações de Minas Gerais revelam que as diversas regiões de Minas Gerais têm muito a oferecer aos mercados globais. “O estudo é importante para o Governo de Minas. Por meio dessas informações poderemos desenvolver as políticas públicas de fomento à exportação com mais propriedade e trabalhar de maneira mais eficiente para vencer os gargalos. O levantamento também aponta que os pontos eleitos pelo Governo como fundamentais para o desenvolvimento de Minas foram bem escolhidos”, explica o secretário Marcio de Lacerda. Entre os dados mais relevantes apontados pelas publicações, está o perfil do exportador mineiro. No ano passado, as micro e pequenas representaram 68,5% das 1.406 empresas exportadoras de Minas Gerais. Mas metade dos valores exportados ficou concentrado em um grupo de dez grandes (CVRD, MBR, Gerdau Açominas, Fiat Automóveis, CBMM, Usiminas, Acesita, Cenibra, Belgo e Mannesmann). Os produtos que renderam os maiores valores foram os minérios de ferro, o café em grão, ferro fundido bruto, ferronióbio, celulose, ouro em barra, automóveis, billets de ferro/aço e açúcar de cana em bruto. “Boa parte das nossas exportações está baseada em produtos de baixo valor agregado, mas, aos poucos, estamos percebendo uma mudança nesse perfil”, diz o secretário. Entre os produtos cujas exportações mais cresceram entre 2005 e 2006 estão carnes desossadas de bovinos, tubos de aço inox sem costura, ferramentas de embutir / estampar, granito talhado liso, tecidos de algodão, leite em pó desnatado, biscoitos com edulcorantes (adoçantes), medidores de eletricidade e insulina e seus sais. Marcio de Lacerda chama a atenção para o fato de que as empresas mineiras têm pela frente o desafio de incrementar as exportações de produtos que incorporem elevado padrão tecnológico. Os produtos de alta tecnologia de alta e média-alta tecnologia correspondem a 15,3% dos valores exportados, os de média-baixa e baixa tecnologia respondem por 45,2%. O restante foi de produtos não-industrializados. “O aumento da produção de produtos de maior valor agregado pode ter ainda papel importante na substituição das importações. Cerca de 60% das nossas compras no exterior são de produtos de alta e média-alta tecnologia”, afirma o secretário, lembrando que um dos projetos do governador Aécio Neves é estimular a inovação e aumentar a quantidade de tecnologia embarcada nos produtos mineiros.
Correio de Uberlânda