Gerdau anuncia André Johannpeter e já mira negócios na China
22/11/06
O Grupo Gerdau anunciou ontem a reestruturação de seu comitê executivo, que já chegou dizendo que um de seus principais desafios é se estabelecer como ?um player global cada vez mais eficiente? e buscar oportunidades no mercado chinês, uma região com ?potencial de expansão?.
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O novo diretor presidente do grupo será André Gerdau Johannpeter. Ele assumirá a presidência da companhia a partir do próximo dia primeiro de janeiro, sucedendo seu pai, Jorge Gerdau Johannpeter, que será o novo presidente do conselho de administração. Na mesma data, Frederico Gerdau Johannpeter e Carlos Petry sairão da atividade executiva, mas seguirão no conselho. Claudio Gerdau Johannpeter será o novo diretor-geral de operações, atuando em conjunto com a nova presidência executiva.
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Com 43 anos, André era, junto de Cláudio, vice-presidente executivo desde 2002. Ele trabalha na companhia há 25 anos e exerceu diversas funções na área de tecnologia da informação. Foi também vice-presidente da Gerdau Ameristeel, na América do Norte. Seu primo Cláudio também tem 43 anos e 25 anos de experiência no grupo, e assumirá o controle das operações Açominas, Longos Brasil, América do Norte, Aços Especiais e América do Sul. Desde janeiro deste ano, é membro do conselho de administração da Sidenor, na Espanha.
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Aquisições
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Para se consolidar globalmente, a Gerdau mantém seus planos de adquirir ativos no exterior. Após anunciar na segunda-feira a aquisição da GSB Acero por meio da Sidenor, a siderúrgica gaúcha já estuda uma possível oferta pela Arcelor Thüringen, na Alemanha, segundo Cláudio. A Arcelor precisa vender a unidade por causa da legislação antitruste na Europa, explicou o executivo. A unidade produz cerca de 900 mil toneladas por ano de aços longos, principalmente de perfis pesados ? em geral, para obras de maior porte. Ele preferiu não dar detalhes da negociação, argumentando que o grupo ainda não tem uma posição quanto a se fará ou não oferta pela usina. A Gerdau também confirmou que pretende crescer no segmento de aços planos, sem adiantar detalhes da estratégia. O grupo descartou, no entanto, interesse na Corus, justificando que a empresa está localizada em uma região da Inglaterra de custo elevado. André destacou que a China pode se constituir em uma oportunidade ou uma ameaça no setor siderúrgico, com seu avanço como exportadora.
O Estado de São Paulo