Gargalos em infra-estrutura afetam oferta de minério, diz chairman
07/08/07
SÃO PAULO – Que o cenário para a demanda por metais segue bastante aquecido não é grande novidade. Basta ver o expressivo crescimento da China no primeiro semestre e o ciclo de expansão da economia global para traçar tal conclusão. No entanto, para as mineradoras, apesar de o setor viver o seu quinto ano favorável para a variação dos preços, a capacidade de atender essa demanda permanece restrita. Motivo: escassez de importantes insumos e, em alguns casos, ausência de infra-estrutura adequada e depósitos de qualidade. As conclusões em relação ao apertado ambiente de oferta e demanda da indústria de mineração foram feitas pelo chairman da gigante australiana Rio Tinto, Paul Skinner, junto à divulgação dos resultados do primeiro semestre. E ele alerta: “esses empecilhos não devem diminuir no curto prazo”. Infra-estrutura As declarações de Skinner vêm em linha com as perspectivas da Vale do Rio Doce anunciadas em teleconferência sobre os seus números do período. A mineradora brasileira teve lucro recorde de US$ 6,3 bilhões nos primeiros seis meses do ano, contra os US$ 3,2 bilhões da australiana. De acordo com a Vale, gargalos em logística são um fator negativo para o segundo semestre. A impossibilidade de escoar boa parte da produção pode afetar a empresa, assim como a alta de custos e entraves burocráticos para licenças ambientais. Subprime A respeito das perspectivas macroeconômicas, o executivo da Rio Tinto mostra otimismo. Para ele, a demanda por alumínio e outros produtos vão seguir em rota positiva, dada a solidez da economia mundial. “Enquanto existem preocupações com a situação do mercado de crédito especialmente nos EUA, não acreditamos que isso possa ter impacto de curto prazo em nossos mercados”, conclui.
Infomoney