14/03/07

SÃO PAULO – O volume de negócios envolvendo fusões, aquisições reestruturações societárias e ofertas públicas de aquisição no Brasil alcançou em 2006 a marca de R$ 131,770 bilhões, o que equivale a uma aumento de 237% em relação a 2005. Deste total, R$ 36 bilhões vieram da aquisição da Inco pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), mas a expectativa da Associação Nacional de Bancos de Investimento (Anbid), responsável pelo levantamento, é de que esse patamar se sustente em 2007, inclusive com possibilidade de um novo grande negócio.”A tendência neste ano é manter o volume. Operações grandes devem ocorrer novamente”, afirmou hoje Luiz Antonio França, coordenador da subcomissão de fusões e aquisições da Anbid e também diretor do banco Itaú. No ranking de 2006 se destacaram também a fusão entre as Lojas Americanas e a Submarino, no valor de R$ 7 bilhões, e a aquisição do Bank Boston Brasil pelo Banco Itaú, operação avaliada em R$ 4,6 bilhões. Vale destacar que o ranking registra apenas operações superiores a R$ 20 milhõesAlém da expansão do volume financeiro, as movimentações corporativas também se multiplicaram e o número de operações saltou de 55 em 2005 para 74 negócios no ano passado, uma alta de 35% no período. Chamam atenção os setores de metalurgia, siderurgia e mineração, que liderou o ranking com 34,05% do volume financeiro no período, seguido do setor de TI e Telecom (16,17%) e do setor financeiro (10,35%).Os bancos que líderes no ano em negociações de fusões e aquisições em termos de volume financeiro foram Credit Suisse, com cerca de R$ 50 bilhões, seguido de Goldman Sachs e UBS Pactual. Em número de operações entretanto, o Itaú BBA/Itaú saiu na frente com o Citigroup, com 11 negócios cada um. No âmbito das reestruturações societárias e das operações de oferta pública destacou-se o Goldman Sachs, tanto em volume financeiro, perto de R$ 12 bilhões, como em número de negócios, que chegaram a quatro no período.( Bianca Ribeiro | Valor Online)

Valor on line