28/09/09

Belo Horizonte, 24 – O aumento da oferta de fertilizantes no mercado interno passa pela intensificação dos investimentos em infraestrutura, ampliação da oferta de gás natural e isonomia tributária, afirmou hoje o diretor de mineração da Bunge Fertilizantes, Vicente Humberto Lôbo Cruz. “O Brasil possui uma janela de oportunidades que podem ser aproveitadas, até porque o País terá o papel de abastecer o mundo de alimentos no futuro”, apontou. O incremento da oferta vem sendo discutido desde o ano passado pelo governo federal, por meio de um grupo de trabalho criado no âmbito do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) vinculado ao Ministério das Minas e Energia. O Brasil é um dos maiores consumidores de fertilizantes do mundo, mas possui uma participação de apenas 2% da produção mundial.
No ano passado, as importações representaram 72% do suprimento brasileiro destes produtos. O diretor da Bunge ressaltou que a situação é mais difícil no caso do potássio, em que as importações representaram 92% das necessidades do País no ano passado. Neste caso, porém, as reservas disponíveis no mundo são limitadas.
Lôbo ressaltou também que o Brasil não tributa as importações de fertilizantes, enquanto que o produto fabricado internamente sofre a incidência de ICMS. “As empresas têm feito o trabalho de produzir e investir, mas o governo tem a vocação e o papel de como alavancar o setor e tem que fazer o dever de casa”, concluiu. Vicente Lôbo Cruz participou do 13º. Congresso Brasileiro de Mineração, promovido pelo Ibram.;

Agência Estado