Fábrica de calcário para agricultura deve ampliar consumo em cinco vezes
07/03/14
O consumo de calcário agrícola (dolomítico) no Amazonas poderá crescer em até cinco vezes em relação às atuais 50 mil toneladas. O aumento deverá ocorrer com a produção da primeira fábrica de beneficiamento do minério no Amazonas, de acordo com a Secretaria de Estado de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos.
A planta da Calnorte será inaugurada hoje no quilômetro 55 da Rodovia Manuel Urbano (AM-70 ? Manaus-Iranduba), que processará o mineral extraído de Jatapu, mina localizada no município de Urucará (a 261 quilômetros a leste de Manaus).
A fábrica Calnorte tem capacidade de produção de 40 toneladas de calcário em pó por hora, sendo 400 toneladas por dia. De acordo com o proprietário da fábrica, José Nonato de Almeida, por ano, devem ser produzidas 20 mil toneladas do minério. De acordo com o industrial, a quantidade vai variar de acordo com a procura. A unidade está instalada em um terreno de 7 mil hectares e tem, atualmente, 15 funcionários, número que poderá dobrar conforme o aumento da produção.
Para a secretária estadual de Mineração, em exercício, Jane Crespo, o calcário beneficiado será vendido ao preço de R$ 155 a tonelada, bem abaixo dos mais de R$ 400 pagos hoje pelos produtores amazonenses.
Segundo Jane Crespo, as primeiras 4 mil toneladas do minério, transportadas em balsas até o porto da Calnorte, em Manacapuru, já estão na fábrica prontas para serem beneficiadas, a partir desta sexta-feira. ?O produto foi inspecionado pelos técnicos da Secretaria de Mineração e está pronto para ser triturado e moído para ser comercializado aos produtores rurais do Estado?, disse.
Diário do Amazonas