Exposição fortalece a indústria mineral
14/11/08
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O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) Paulo Camillo Penna, afirmou que o sucesso da EXPOSIBRAM Amazônia – Exposição Internacional de Mineração e I Congresso de Mineração da Amazônia, encerrados nesta quinta-feira, 13, em Belém, anima o setor mineral a promover novas edições nos próximos anos.
“Mostramos ao público da Amazônia que a mineração faz parte do dia-a-dia de todos. A sociedade paraense pôde ver projetos de sustentabilidade, a cadeia produtiva mineral e apresentamos um fiel retrato da mineração empresarial. Surpreendemos muitos que ainda não tinham acesso às práticas responsáveis do setor e que foram apresentadas nestas oportunidades”, explicou Paulo Camillo Penna, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
Mais de 9 mil visitantes,; 500 inscrições de profissionais em mineração e 600 estudantes de áreas participaram dos quatro dias da EXPOSIBRAM Amazônia. Na avaliação de Paulo Camillo, o IBRAM atingiu os objetivos propostos no evento. “Temos um compromisso na mineração empresarial com o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
A atividade é uma das mais promissoras na região; abre oportunidades de emprego e novas perspectivas de negócios para movimentar a economia não só do Pará, mas de toda a Região Norte, o que refletirá na geração de empregos diretos e indiretos e estimulará a ascensão social e econômica. Além disso, o Congresso promoveu a transferência de conhecimento entre especialistas brasileiros, estrangeiros e profissionais do setor e estudantes de áreas afins do Norte do país”, afirmou Penna.
Entre os palestrantes do Congresso, Paulo Camillo destacou a presença do britânico Anthony Hodge, presidente do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM – International Council on MiningMetals), que veio especialmente para Belém, com sua equipe de especialistas para abordar e debater o tema com o público.
Outro aspecto importante foi a presença de jovens nas palestras e debates técnicos. O grande interesse dos estudantes de nível superior e dos profissionais de mineração da Região Norte, que quase lotaram os auditórios diariamente, demonstra que a “força de trabalho já começa a responder às oportunidades de emprego qualificado abertas pelo setor na Amazônia. E, se a sociedade local e seus governantes apoiarem a mineração, as empresas poderão gerar contribuições mais importantes”, enfatizou Paulo Camillo.
Resultados – A mineração ocupa lugar central na era da sustentabilidade e a Amazônia, segundo Anthony Hodge, presidente do Conselho Mundial de Mineração e Metais (ICMM – Internacional Council on MiningMetals), lidera mundialmente as discussões sobre desenvolvimento sustentável. Hodge participou do último dia de debates do I Congresso de Mineração da Amazônia, realizado no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, onde proferiu a palestra “Mineração na era da sustentabilidade”. O diretor do Fundo de Investimentos Sustain Capital, Marco Antonio Fujihara, também participou do debate.
O mundo acompanha as mudanças ocorridas na realidade econômica e social da Amazônia. Para Anthony Hodge, a relação entre a atividade minetal na região e a sustentabilidade pode servir de exemplo para outros países. “Então, se quisermos saber se um projeto de mineração respeita o conceitos de sustentabilidade, é necessário que as comunidades participem das operações?, explicou.
Os resultados da mineração, de acordo com Hodge, devem ser positivos para o mercado, para as pessoas e para o meio ambiente. Países como Gana e Peru, onde a mineração é feita de maneira colaborativa, mostram que essa barreira pode ser rompida pela indústria de mineração.
“A cultura da mineração está arraigada na competição. Porém, muitas questões ligadas à sustentabilidade só podem ser resolvidas com a colaboração entre as empresas”, argumentou.
Na palestra “Gestão de ativos ambientais pela mineração: visão da sociedade civil”, o Secretário Executivo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), Carlos Souza Jr, afirmou que o Fórum Amazônia Sustentável é uma prova concreta da atuação e preocupação da população da região com os recursos naturais.
“A sociedade da Amazônia está preparada para ajudar na fiscalização e na sustentabilidade das empresas e o IBRAM tem o papel de fazer a comunicação da sociedade civil organizada com as empresas do setor “, comentou Carlos. Também participaram do debate Anibal Pessoa Picanço, Superintendente do IBAMA no Pará, e Virgílio Viana, Diretor Geral da Fundação Amazonas Sustentável.
Ferramentas – Os participantes do workshop “Kit de Ferramentas do ICMM para o desenvolvimento comunitário”, coordenado pela consultora Maria Suleima Pioli, do Conselho Mundial de Mineração e Metais (ICMM – Internacional Council on MiningMetals), debateram questões sobre desenvolvimento das comunidades e o papel das empresas de mineração. “O objetivo dessa oficina era apresentar o manual e mostrar como ele pode ser usado pelas empresas de mineração”, explicou a consultora Maria Suleima Pioli nesta quinta-feira (13/11), último dia do I Congresso de Mineração da Amazônia.;
Segundo ela, o manual pode ser usado por gestores públicos, empresas e ONGs, porque visa o planejamento para contribuir para o desenvolvimento de comunidades. O kit de ferramentas mostra o conjunto de ações adequadas para cada fase no ciclo de projetos de mineração. “Quem pensa em gestão ou em ciclos de projeto, pensa em fazer avaliação, planejamento, estruturas de gestão para implementar os programas e avaliação de resultado, para alimentar o que deu certo, levantar o que deu errado e planejar novamente”, finaliza Suleima Pioli.
Depois das palestras e painéis temáticos, o público prestigiou a apresentação de um grupo parafolclórico de Icoaraci no último dia da EXPOSIBRAM Amazônia.
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