EXPOSIBRAM movimenta vários setores
13/10/14
Evento existe há 30 anos e atravessou diferentes momentos da vida econômica e política
Atividade econômica que está no próprio nome do Estado, a mineração também tem sua feira na capital de Minas Gerais. Se é verdade que não se vende minério em feira, o setor fomenta um sem-número de segmentos e atividades que vão desde de equipamentos pesados, veículos fora de estrada, insumos como softwares especializados, até escolas que se dedicam à formação de mão de obra.
A Exposição Internacional de Mineração (EXPOSIBRAM) e o Congresso Brasileiro de Mineração, organizados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), acontecem de dois em dois anos e estão entre os maiores e mais importantes eventos do setor na América Latina. A última edição, realizada em 2013, recebeu 58 mil visitantes no Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutova (Expominas), na região Oeste de Belo Horizonte.
A feira existe há 30 anos e atravessou diferentes momentos da vida econômica e política brasileira. De acordo com o diretor de Assuntos Ambientais do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Rinaldo Mancin, o evento sempre esteve atento às mudanças dos mercados nacional e internacional.
“O IBRAM nasceu há 40 anos. Naquele tempo a mineração era uma atividade estatal. A permissão para o capital estrangeiro e as privatizações nos anos de 1990 mudaram radicalmente o setor. A entrada da China no mercado, nos anos 2000, foi outra revolução. A partir daí o Brasil alcançou um patamar de protagonista. O objetivo da EXPOSIBRAM é capturar essa energia de investimentos. Minas Gerais é o berço da mineração brasileira e é natural ter a feira no Estado que concentra não apenas as mineradoras mas todo a cadeia produtiva, com indústrias de equipamentos, máquinas, serviços, consultorias e escolas”, explica Mancin.
A EXPOSIBRAM reúne as principais mineradoras com atuação global e os grandes fornecedores de produtos e serviços, sendo considerada um centro de oportunidades de negócios, tendo por base os investimentos anunciados pelas mineradoras no Brasil. “Toda a cadeia produtiva vem à feira. Quem vende tecnologia, equipamentos e serviços. Fornecedores estrangeiros, especialmente chineses e australianos, enxergam grandes oportunidades no Brasil. As mineradoras também querem demonstrar suas iniciativas e programas de responsabilidade socioambiental. Autoridades governo, representantes do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e os estados mineradores, como Goiás e Bahia, por exemplo, vem para captar recursos”, enumera o diretor do IBRAM.
Discussão – Já o Congresso Brasileiro de Mineração reúne duas mil pessoas para uma pauta técnico-política que abre espaço para discutir os desafios da mineração brasileira e mundial. Para 2015 a expectativa é que os temas girem em torno do marco regulatório da mineração, incluída a questão dos royalties, e a transformação do DNPM em uma agência regulatória. “O importante é que seja um debate democrático. Temos em Belo Horizonte a oportunidade de reunir maior número e os mais importantes agentes do setor. Aproveitamos, então, para discutir o contexto político que vivemos para melhorar o ambiente de negócios para a mineração”, afirma o executivo.
Em 2014 acontece pela quarta vez nova versão da feira em Belém, no Pará: a EXPOSIBRAM Amazônia, em paralelo ao 4º Congresso de Mineração da Amazônia. “A mineração empresarial na Amazônia tem cerca de 25 anos. Muitos investimentos estão indo para o Norte, especialmente para o Pará, desenvolvendo novos fornecedores e formando mão de obra. A expectativa para esse ano é receber 15 mil visitantes entre os dias 17 e 20 de novembro”, completa.
Diário do Comércio