13/04/09

Assim como o Governo, os representantes de alguns setores da indústria do Pará já se mostram mais otimistas em relação às exportações paraenses. Para eles, os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que mostram aumento nas vendas externas de 25,45%, no mês de março em relação ao mês de fevereiro, pode ser sinal de que, apesar de ainda não ter acontecido uma recuperação total das perdas, o pior da crise já passou.
O setor mineral, por exemplo, apresentou crescimento de 45% no primeiro trimestre e de 33% no mês de março em comparação à fevereiro. No mês de janeiro, as exportações representaram UR$ 278 milhões, pulando para UR$ 404 milhões em fevereiro e, finalmente, UR$ 538 milhões no mês de março. “Não diria que estamos passando por uma reação e que a crise está indo embora, porque é muito prematuro para se falar em fim da crise. Mas eu acho que esse resultado é um indicador de que, pelo menos, a situação não piorou. Logo no início do ano a mineração já apresentava crescimento. Ou seja, saimos daquele cenário de queda nas exportações e mantivemos a estabilidade”, afirmou André Reis, coordenador do Instituto Brasileiro de Mineração da Amazônia (IBRAM/Amazônia).
Em fevereiro, o caulim acumulou um total de UR$ 18 milhões em vendas para o exterior. No mês de março esse valor subiu para UR$ 23 milhões. O minério de ferro também teve uma variação positiva, saltando de UR$ 351 milhões no mês de fevereiro, para UR$ 466 em março. “Na hora da análise, você percebe uma recuperação da maioria dos setores. O minério de ferro já era esperado pela gente. A demanda começa a reaquecer. A crise foi de incerteza. Como ninguém sabia o que ia acontecer, muitas empresas recuaram nas compras, mas agora elas voltam a participar do mercado”, acredita André.
Segundo o coordenador do IBRAM, a exportação de manganês se manteve estável no mês de março (UR$ 24 milhões) e a de cobre começa a mostrar sinais de recuperação. “O único produto que ainda não se recuperou foi a bauxita. Mas grande parte da bauxita produzida no estado é consumida no mercado interno, pois ela é matéria-prima do alumínio. Acontece que o alumínio foi muito atingido pela crise e a sua produção está muito menor”, afirmou.

O Liberal – PA