Exportações paraenses aumentam 23% para Ásia
30/07/09
Desde 2005, o sistema de produção e comercialização internacional mantivera considerável ritmo de crescimento, causando valorização internacional dos preços das commodities (petróleo, alumina, alumínio, entre outros), fato que elevou alguns Estados exportadores desses bens, como Pará, Minas Gerais e Espírito Santo, ao status de destaque na balança comercial do país.A crise financeira que se instalou no mundo a partir de setembro de 2008 exigiu mudanças nas atitudes de países em fatores como produção, crédito, juros e relações comerciais. Uma alternativa rápida, prática e que não demandou grandes investimentos imediatos foi a de buscar novos parceiros comerciais.Esta busca por novos parceiros pôde ser observada no Pará. Nos últimos 12 meses, diminuiu o grau de importância dos Estados Unidos, Japão e União Européia na balança comercial paraense. Por outro lado, as relações comerciais como China, Coréia do Sul, Reino Unido, Turquia e Irã estão se intensificando – sobretudo no que diz respeito às exportações de minério, alumina, ferro e alumínio.Dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que, no primeiro semestre de 2009, 53,9% das exportações paraenses foram destinadas a países asiáticos – o que demonstra aumento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as exportações para a Ásia representavam 30,9%.A União Européia que, em 2008 absorvia 32,08% das exportações paraenses, atualmente demanda 15,19% do total. No caso dos Estados Unidos, as exportações diminuíram de 15,07%, entre janeiro e junho de 2008, para 7,61% no mesmo período de 2009.Apesar desse movimento de mudança de parceiros comerciais, as exportações paraenses diminuíram no segundo trimestre deste ano, consequência da redução na produção industrial em escala global. A busca de novos parceiros comerciais, ou a intensificação do comércio com parceiros já existentes, não é solução para possível manutenção ou crescimento do saldo da balança comercial do Estado, mas tem se apresentado como alternativa de curto prazo para mitigação dos impactos da crise.(Idesp)
Diário do Pará Online