10/07/09

Depois de amargar uma queda no mês de maio por conta dos efeitos da crise econômica mundial, a balança comercial do Pará retomou a escala de crescimento. De acordo com dados fornecidos pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em junho, a balança fechou com um saldo positivo de U$ 737 milhões. Um crescimento de 53,63% em relação ao mês anterior. O desempenho representa uma tendência de recuperação das vendas externas paraenses.
O principal setor que demonstra essa recuperação é o mineral, que possui um grande peso na pauta exportadora do Pará, representando 85,90% das exportações. Em junho, o setor teve um crescimento de 62,69% em relação ao mês anterior, fechando o mês com mais de US$ 634 milhões.
Na avaliação do titular da Sedect (Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia), Maurílio Monteiro, este desempenho é justificado pela retomada do embarque dos produtos desse setor ao exterior, principalmente a alumina, alumínio, hematita e cobre. Também devemos levar em consideração a retomada da exportação desses minérios para a China que, por sua vez, está recompondo estoques e precisa de matéria-prima, afirmou.
O setor tradicional, apesar de apresentar resultados negativos, também já começa a dar sinais de recuperação. Em junho, houve retração nas quedas de 2,71% no comparativo com maio. O destaque positivo fica para a exportação de dendê (23,68%), camarões congelados (283,85%), castanha (109,77%) e móveis (27,63%).
Representando 5,52% da pauta de exportação, o setor não-tradicional também voltou a crescer. De maio para junho, o grupo apresentou uma variação positiva de 29,74%. As exportações de bovinos vivos e carne de bovino, que cresceram respectivamente 15,91% e 59,91%, foram responsáveis por este aumento.
Balanço 2008 – O Pará fechou o primeiro semestre de 2009 com um saldo positivo de US$ 3.489.326.331. De acordo com dados do MDIC, de janeiro a junho de 2009, o Estado exportou US$ 3.968.879.470 e importou US$ 479.553.139. O desempenho é 13,78% menor do que o constatado em 2008, quando a balança fechou com uma variação positiva de 10,59% no valor importado, mas amargou perdas de 11,42% na exportação.
Essa retração nas exportações é consequência da crise financeira internacional, que levou a uma depreciação dos preços internacionais de commodities agrícolas e minerais e queda da demanda por bens. Durante este período, a maior queda foi sentida no;setor mineral, que apresentou variação negativa de 7,76%. A exceção fica por conta da hematita, que obteve um crescimento de 58,95%.
O setor tradicional, que representa 7,6% da pauta de exportação, apresentou uma variação negativa de 48,88% em relação ao mesmo período de 2008. Entretanto, apesar da variação negativa neste setor, houve um crescimento nas exportações de sucos de frutas (59,64%) e dendê (413,94%).
Já o setor não-tradicional, que representa 5,52% da pauta de exportação, apresentou uma variação positiva de 30,2% em relação ao ano passado, com destaque para as exportações de bovinos vivos e carne de bovino, que cresceram 30,47% e 59,33%, respectivamente.

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