16/01/09

O complexo de soja e a carne puxaram as exportações goianas em 2008, atingindo US$ 4, 091 bilhões, crescimento de 28,5%. O desempenho ficou bem acima da média nacional, de 23,27%. Na comparação com 2006, houve um crescimento de 100%. Trata-se do maior valor já registrado na história da balança comercial do Estado, segundo o secretário de Indústria e Comércio, Luiz Medeiros. ?As exportações cresceram acima do que esperávamos, mas ficamos também felizes pelo desempenho das importações?, disse ele, ontem, ao apresentar os números à imprensa.Por outro lado, as importações cresceram 79,2%, com a cifra de US$ 3,049 bilhões no ano passado, favorecidas pela cotação baixa do dólar. A media nacional ficou em 43,6%. Esse quadro resultou na diminuição do saldo da balança comercial do Estado em 29,7%, na comparação com 2007, mas continuou positivo e fechou o ano em US$ 1,041 bilhão. A média brasileira registrou queda de 38,2%.Medeiros diz que esse quadro tem explicação. ?Todos aqueles que buscavam investir em maquinário ou em novos equipamentos e matéria-prima, aproveitaram o câmbio para fazer mais importações?. No ano passado, o dólar chegou a ser cotado em R$ 1,65. ?Isso ajudou realmente a derrubar o saldo da balança comercial?. No entanto, Medeiros avalia de forma positiva as importações, porque significou novos investimentos para o setor produtivo.Os principais fornecedores de produtos importados para as empresas goianas foram a Coréia do Sul, Japão e Estados Unidos.Mais uma vez o complexo de soja-grão, farelo e óleo-foi o destaque na pauta das exportações goianas, com participação de 39,9% com US$ 1, 634 bilhão. As carnes (bovina, suína e aves) também se sobressaíram, com US$ 1,084 bilhão (26,5%). ?O setor mineral, pela primeira vez, apareceu com destaque muito grande, quase 20%?, disse Medeiros. A China, com 18,7%, foi o País que mais comprou de Goiás, seguido da Holanda (13,3%), Rússia (9,1%), Índia (6,6%), Espanha (6,4%) e Japão (4,1%).CriseApesar do agravamento da crise mundial, com reflexos fortes no Brasil, o secretário da Indústria e Comércio, está otimista com 2009. ?Nossa expectativa é de que as exportações continuem crescendo, até porque abrimos novos mercados, principalmente o asiático, com destaque para a China, que lidera pela primeira vez as nossas exportações e é um mercado imenso, que deve crescer.?

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