Exportação da Samarco tem alta de 51,27%
21/10/11
Embarques somam US$ 3,138 bi.
As exportações da Samarco Mineração S/A, joint venture entre as gigantes Vale S/A e BHP Bilinton, atingiram US$ 3,138 bilhões nos primeiros nove meses de 2011. O valor é 51,27% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados US$ 2,074 bilhões.
O último balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) mostra que os embarques da Samarco para o mercado internacional responderam por 51,27% das exportações do Espírito Santo no período. A mineradora, com jazidas em Mariana, na região Central do Estado, deverá fechar 2011 no limite da capacidade de produção.
A empresa é a maior exportadora daquele Estado, tendo ultrapassado no último mês a Vale, que deteve 47,69% de participação nos embarques capixabas e exportou US$ 3,120 bilhões nos primeiros nove meses do ano.
Conforme a Samarco, cerca de 95% da produção são exportadas e os outros 5% são vendidos no mercado interno. A joint venture trabalha com contratos de longo prazo e clientes cativos em diversos países.
Baseado no desempenho de 2010, o maior consumidor do insumo produzido pela Samarco é a China, que respondeu por 24% das vendas externas. Segundo a empresa, 19% do minério produzido no período foram direcionados para o restante da Ásia (Japão, Taiwan, Indonésia e Malásia), 23% para o Oriente Médio e Norte da África (Arábia Saudita, Qatar, Egito, Líbia e Emirados Árabes), 17% para a Europa e 17% para as Américas, incluindo o mercado interno.
Em função da demanda aquecida no mercado internacional, a previsão da Samarco para este ano é produzir 21,5 milhões de toneladas de pelotas. O volume, que representa 100% da capacidade produtiva, também foi alcançado no ano passado. Em 2010 também foram produzidas 1,9 milhão de toneladas de finos (pellet feed e sinter feed), mas a mineradora não informou a projeção para a produção deste insumo em 2011.
Expansão – A Samarco anunciou recentemente investimentos de R$ 5,4 bilhões em Minas Gerais e Espírito Santo. Somente no Estado, os aportes serão de aproximadamente R$ 2,6 bilhões. Com as inversões, a produção da mineradora saltará de 22,25 milhões de toneladas/ano para 30,5 milhões de toneladas anuais de minério de ferro.
A expansão envolve a construção do terceiro concentrador no Complexo Germano, em Mariana, e da quarta pelotizadora, em Anchieta (ES). Prevê, ainda, a implantação de um mineroduto de 400 quilômetros de extensão, ligando Minas ao Espírito Santo.
Conforme a companhia, as intervenções no Complexo Germano já foram iniciadas, e estão em fase de obras, que incluem terraplanagem, drenagem, contenção, construção de prédios e estruturas de apoio, como escritórios e refeitório. A instalação do mineroduto também está em fase de obras civis, com montagens de canteiros e estruturação de serviços de apoio. O duto terá capacidade para transportar 20 milhões de toneladas por ano.
Diário do Comércio