07/05/08

A empresa que irá explorar fosfato em Itataia será definida pelo INB, mas operação deve se iniciar só em 2009A definição não sai, o prazo se estica e novas datas vão sendo dadas. Projeto antigo, a construção da usina de Santa Quitéria, a 252 quilômetros de Fortaleza, ainda depende da escolha, a ser informada pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), da empresa que irá realizar a exploração de fosfato na mina. Entretanto, segundo o INB, o nome sairá, ´sem falta´, até o fim deste mês.O INB detém o monopólio da exploração de urânio no Brasil, e ficará responsável pelo acabamento dos resíduos do elemento que são produzidos em associação ao fosfato, cujo destino será a usina nuclear Angra III. A empresa instalará uma unidade ao lado da usina, e investirá cerca de US$ 10 milhões no projeto cearense.A empresa que explorará o fosfato será definida entre a Vale, a Bunge Fertilizantes e a Galvani Mineração. Quem ficar, deve aportar recursos previstos em US$ 200 milhões, montante que poderá ser ainda mais elevado, no que depender da proposta da parceira. Em entrevista anterior ao Diário do Nordeste, o assessor especial da Presidência das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Luís Felipe da Silva, afirmou que a empresa escolhida poderá produzir fertilizante, ração animal, ou outros produtos.Ainda segundo ele, o início das atividades da usina deverá ficar somente para 2009.Descoberta em 1976, a jazida de Santa Quitéria (mais conhecida como mina de Itataia) é a segunda maior do País nos recursos que possui, e deverá ser responsável, de início, pela produção de 120 mil toneladas de fosfato por ano, além de outras 800 toneladas de urânio.Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, o Governo do Estado ainda está ´no aguardo da parceira privada´, sem a qual ainda não é possível iniciar os trabalhos. ´Mas estamos trabalhando para que as decisões não demorem tanto´, ressalta.

Diário do Nordeste