Expansão dos Territórios Protegidos na Amazônia será discutida por especialistas durante conferência internacional
29/10/24
Nortear políticas públicas de fortalecimento e criação de áreas legalmente protegidas na bacia amazônica é estratégico no combate à crise climática e à perda de biodiversidade. As áreas protegidas são instrumentos eficazes para resguardar a integridade dos ecossistemas, a biodiversidade e os serviços ambientais associados, tais como a conservação do solo e a proteção das bacias hidrográficas, a polinização, a reciclagem de nutrientes e o equilíbrio climático, entre outros.
Durante a 2ª Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, que acontecerá entre os dias 6 e 8 de novembro, no Hangar Centro de Convenções, em Belém-PA, Claudinete dos Santos Colé, membro do Conselho Diretor da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombolas do Município de Oriximina-PA (ARQMO) e outros especialistas debaterão a expansão dos territórios protegidos na Amazônia.
As terras indígenas, unidades de conservação e territórios quilombolas desempenham um papel crucial na representatividade e na manutenção dos ecossistemas. Claudinete ressalta a importância da floresta amazônica para a saúde do mundo. “Eu acredito que planejar essas ações que visem mitigar e minimizar os impactos que esse meio está sofrendo, garantir a qualidade de vida, isso é vital para a vida do planeta, para a vida das comunidades, para todos nós”, disse.
Além disso, ela destaca o papel das organizações locais e do governo federal para agilizar a questão da titulação da demarcação dos territórios quilombolas e indígenas. “A Amazônia precisa dessa demarcação porque, uma vez que não existe a regularização fundiária dentro da Amazônia, fica uma terra solta que todo mundo quer ser dono. O problema é que estas pessoas querem ser donos para destruir. Nós, povos quilombolas que vivemos aqui, trabalhamos com sustentabilidade e ações de proteção ao meio ambiente”, avaliou.
O painel “Expansão dos Territórios Protegidos na Amazônia” acontecerá no dia 7 de novembro de 2024, das 15h30 às 17h. Além da representante da ARQMO, estarão presentes o pesquisador e consultor, Cláudio C. Maretti; o diretor técnico de Sustentabilidade na Anglo American, Cristiano Cobo; a secretária dos Povos Indígenas do Estado do Pará, Puyr Tembé; o vice-presidente da Organização dos Seringueiros de Rondônia, Sebastião Gonçalves Neves; e o ex-ministro do Meio Ambiente e Sócio Diretor da Consultoria Seiva, José Carlos Carvalho, como moderador do painel.
Sobre a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias
Um dos focos principais da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias é estruturar uma agenda de sugestões voltada a efetivar uma reação mais qualificada para recuperar o potencial da Amazônia em frear os efeitos das mudanças climáticas, tendo por premissa promover as novas economias e, ao mesmo tempo, proteger a biodiversidade e agir contra as atividades ilegais que destroem o meio ambiente e prejudicam a população e a economia da região.
A pauta foi organizada a partir de sugestões de mais de 80 representantes de diversos setores. A programação aborda muitos assuntos, tais como: Crime ambiental em territórios protegidos e indígenas; A conservação da biodiversidade e a reversão do tipping point/ponto de não retorno da Amazônia; Os desafios do desmatamento zero em 2030; Os desafios das Novas Economias da Amazônia: Biotecnologia; O conflito entre mineração e garimpo ilegal na Amazônia; A Agenda de Transição Energética, os desafios globais e o papel do Brasil. Confira aqui toda a programação.
O evento terá a participação confirmada de indígenas, quilombolas, povos ancestrais, ribeirinhos, acadêmicos, jornalistas, empresários, ambientalistas, governo, parlamentares, diplomatas e demais representantes de governos.
A Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias tem a parceria do governo do Pará e é apresentada por Vale e tem como patrocinadores: BHP e Hydro (categoria master); Itaú e MRN (categoria Belém); Alcoa (categoria gestão de resíduos); Conselho Indígena Mura (CIM) e Potássio do Brasil (categoria de Carbono). Os apoiadores institucionais são: Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS); Instituto Arapyaú; Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa); Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI); Serviço Social da Indústria (SESI); Uma Concertação para a Amazônia; Universidade Federal do Pará (UFPA). Também figuram como apoiadores o Sesi e o Senai. A Latam é a companhia aérea oficial.
Serviço
Segunda edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias
Data: 6 a 8/11/2024
Local: Belém (PA)
Inscrições gratuitas: https://www.amazoniaenovaseconomias.com.br/
Público-alvo: profissionais de setores vinculados às novas economias, gestores públicos, executivos de empresas, profissionais da sustentabilidade e de ESG, gestores e profissionais de organizações da sociedade civil, comunidades de povos ancestrais e originários, negócios de impacto, cooperativas e associações, acadêmicos, ambientalistas, imprensa, público em geral.