Estrada de Ferro Vitória a Minas vai contar com tecnologia que prevê falhas em locomotivas
27/07/17
Já imaginou poder prever falhas nos motores a diesel das locomotivas antes que elas aconteçam? Em breve será realidade na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Isso será possível graças a técnicas de coleta e análise de dados, como vibração, ultrassom e sinais de pressão constantemente monitorados. A iniciativa surgiu de uma ação conjunta entre as áreas de Manutenção de Locomotivas e Engenharia Ferroviária, que aplica tecnologia inovadora em ferrovias do mundo. A tecnologia foi apresentada recentemente pela Vale em uma conferência internacional em Denver, nos Estados Unidos.
Como vai funcionar a nova tecnologia?
Atualmente a atividade de manutenção é feita de forma preventiva com base no consumo de diesel, que leva ao reparo e troca de peças sem a certeza de que seriam de fato necessárias. Com a aplicação do processo desenvolvido, a manutenção poderá ser feita também por condição. Além de prever falhas potenciais, a nova técnica, aliada à estratégia de manutenção preventiva, auxiliará na priorização das trocas de motores diesel das locomotivas da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), contribuindo para uma melhor “saúde” dos ativos. Além disso, será possível planejar o melhor momento de reparo da máquina e contornar da melhor forma danos que possam ser gerados em decorrência da parada da locomotiva como, por exemplo, o bloqueio de uma linha ferroviária.
Quais serão os benefícios?
Com o novo processo será possível conseguir uma economia considerável de tempo e organização, evitando perda de produtividade com falhas inesperadas e garantindo um melhor planejamento para solução de problemas, além de manutenções sem erros ou desperdício de materiais. Outro ponto positivo é a possibilidade de postergar a vida útil dos motores, uma vez não identificados quaisquer indícios de falhas em potencial.
“O monitoramento preditivo de motor diesel, usando ferramentas de alta tecnologia para análises, até então inéditas em ferrovias, representa um novo patamar na manutenção de locomotivas, sempre com foco na redução de custos e aumento da produtividade”, conta o engenheiro da Engenharia Ferroviária, Anderson Vaccari.