Estado de Sergipe deve produzir cloreto de potássio em três meses
02/10/09
A Adema divulgou esta semana um edital informando que recebeu da Vale o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do projeto de Lavra e Beneficiamento de Minério/rocha Carnalítica para a produção de cloreto de potássio, numa área de 110 quilômetros quadrados, no polígono compreendendo parte dos municípios de Capela, Rosário do Catete, Japaratuba e Maruim. Esse é o primeiro passo do processo de liberação iniciado pela empresa, em 28 de agosto deste ano. O presidente da Adema, Genival Nunes, acredita que no prazo de três meses já tenha concluído a análise da licença prévia ? que autoriza o local, sua viabilidade e concepção do empreendimento. A mineração da carnalita ocorrerá através de poços onde será injetada água quente para dissolver os sais, formando uma salmoura que será processada na superfície. A capacidade de produção será de 1,2 milhão de toneladas/ano de cloreto de potássio e o investimento previsto, de acordo com as informações passadas, chega perto de US$ 1 bilhão, um dos maiores da história de Sergipe. De acordo com Genival, a partir da publicação do edital na mídia foi concedido um prazo de 45 dias ? conforme previsto em lei ? para solicitação de audiência pública com o objetivo de esclarecer dúvidas, receber críticas e sugestões. Se até o final deste prazo, não houver a solicitação a Adema deve concluir o estudo e só então opinar sobre o licenciamento ou não. Se for aprovado, o segundo passo a empresa vai requerer a licença de instalação e, sendo aprovado, parte para o último passo, que é a licença de operação. O EIA-Rima é exigido para empreendimentos de grande porte. As discussões em torno da carnalita ocorrem desde 2008. Nessa época, a Vale lançou a pedra fundamental do projeto Bayóvar em Piura, norte do Peru, um dos maiores projetos de fosfato da América do Sul. O projeto, com capacidade de produção nominal de 3,9 milhões de toneladas anuais, tem investimento total estimado de US$ 479 milhões e deverá começar a produzir em 2010. Está praticamente assegurada a viabilidade do Projeto Carnalita, da Vale, que irá produzir cloreto de potássio a partir da carnalita em Maruim. Diferentemente da produção atual de cloreto de potássio proveniente da lavra subterrânea da silvinita na mina Taquari/Vassouras, que se esgota em alguns anos e tem produzido pouco mais de 600 mil ton/ano.
Jornal da Cidade – Sergipe