Especialista sueco recomenda ao Brasil reduzir custos da mineração
12/11/08
Belém, 12/11/2008 – O governo brasileiro deveria agir para reduzir custos da mineração e incentivar tanto as pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias para o setor, bem como abrir linhas de crédito específicas para as empresas de prospecção mineral, as ?juniors companies?, de pequeno porte. A conseqüência no médio prazo da falta de uma atenção a estas questões é a elevação do preço dos minérios. O alerta é do especialista sueco em análise global de mineração, Magnus Ericsson, que participou hoje à tarde, em Belém, do I Congresso de Mineração na Amazônia. Acesse a palestra dele em www.ibram.org.br.
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Empresários de mineração apontam que a crise financeira estancou o crédito às ?juniors companies?, o que reduziu em 90% a atuação dessas empresas no Brasil. Isso porque vinham sendo financiadas em operações nas bolsas de valores, em especial, a de Toronto, no Canadá. Essas pequenas empresas são responsáveis pela descoberta de novos potenciais minerais em várias partes do País.
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Sem financiamento, a pesquisa de novas jazidas minerais está seriamente comprometida. ?A intervenção do governo é crucial para reduzir os custos da mineração?, alertou Ericsson. ?A solução para isso seria autorizar que essas empresas de pesquisa pudessem oferecer o direito mineral como garantia real nos financiamentos?, afirma o Presidente do IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração, Paulo Camillo Penna.
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Na contra-mão do que recomendou o especialista sueco, governadores, prefeitos e deputados têm defendido publicamente o aumento da carga tributária da mineração brasileira. É o que propõe, por exemplo, o relatório da Reforma Tributária, que está em discussão no Congresso Nacional. A mineração brasileira é a que paga mais tributos, taxas e contribuições, na comparação com seus principais competidores internacionais, aponta estudo do IBRAM/Ernst & Young (veja o estudo completo em www.ibram.org.br).
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As projeções de Magnus Ericsson para a mineração internacional são positivas. A crise provocou ligeira queda na produção e nos preços dos minérios momentaneamente, mas, no médio prazo, a tendência é um novo ?boom? mineral. ?A urbanização vai continuar crescendo, assim como nível de conforto exigido pelas populações por meio de novos equipamentos, como os eletroeletrônicos e informatizados. Isso tudo gera demanda maior por minérios e, em razão do declínio nos investimentos em pesquisa mineral, caem as chances de descoberta de novas jazidas, o que vai encarecer o preço dessas commodities?, avaliou o especialista sueco.
Assessoria de Comunicação Social