Encontro da Aberje em Brasília reúne representantes do setor produtivo e empresas de comunicação
15/06/18
1º Encontro da (Aberje Brasília – crédito: divulgação
Dezenas de comunicadores e representantes de setores produtivos se reuniram, na manhã de hoje (14), no 1º Encontro da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) Brasília. O principal foco foi discutir a comunicação empresarial brasileira. O Diretor de Comunicação do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Paulo Henrique Soares, foi um dos palestrantes.
Paulo Henrique, que além de diretor do IBRAM também é diretor do Capítulo Aberje em Brasília, apresentou as últimas pesquisas desenvolvidas pela Associação. Uma das principais discussões foram as chamadas fake news e a forma como as organizações devem lidar com esse tipo de “desinformação”. “O que percebemos com as pesquisas foi que a maioria das empresas não está preparada para lidar com as consequências da disseminação dessas fake news e que falta uma estrutura de monitoramento preparada para planejar, identificar e agir rapidamente nessas situações”, explicou.
Para ele, essa é a oportunidade para que “o jornalismo se posicione, ganhe credibilidade e mostre que segue o princípio de apuração de informações e ouve todos os envolvidos na história”.
Comunicação nas organizações
Outro assunto amplamente discutido no encontro foi compliance nas organizações. Para Paulo Henrique, é fundamental que as empresas se preocupem e invistam em todas as questões ligadas à transparência da informação e ao cumprimento de normas legais e regulamentares. Em relação à recente instalação do capítulo Aberje em Brasília, ele espera que “seja um amplo espaço de networking, capacitação e desenvolvimento das empresas participantes”.
O diretor de comunicação da CNI, Carlos Barreiros, apresentou a estrutura da Confederação e falou sobre as tendências e expectativas para o desenvolvimento de uma comunicação “responsável” das empresas. “Vivemos em um momento em que um simples comentário nas redes sociais reverbera em segundos. A distribuição de conteúdo é segmentada de acordo com os interesses da audiência e cuidar da imagem institucional é imprescindível”, afirmou. Em sua visão, muito mudou com o advento da Internet das Coisas já que “é preciso pensar em um novo modelo de se fazer comunicação e nas inúmeras novas maneiras de interação que se tornaram parte do nosso cotidiano. Fazer comunicação se tornou um desafio diário”, finalizou.
Em seguida, falou o diretor executivo da Aberje, Hamilton dos Santos. Ele demonstrou como a Associação tem se reinventado, reposicionado e se redirecionado ao longo dos anos. “No sentido de buscar sempre assumir o protagonismo da comunicação empresarial a Aberje está construindo uma rede de diálogos, conexões e troca de conhecimentos que reúnem representantes de todos os setores da economia”, afirmou.
Entre os pilares de atuação da Associação estão Advocacy, com o objetivo de representar e conectar os melhores profissionais de comunicação entre si e com as instituições; Educação Carreira e Reconhecimento – pela realização de cursos, eventos, seminários, premiações e produção de conteúdo: a Aberje possui um portal de notícias, uma revista, um braço editorial que publica livros e realiza pesquisas de opinião. “Nosso foco para 2018 é trabalhar a comunicação como cultura. Queremos que esse setor seja tratado como a essência da cultura organizacional e não como apenas mais uma área da empresa”, disse.
Aberje
A Aberje é uma organização profissional e científica sem fins lucrativos que tem como principal objetivo fortalecer a Comunicação nas empresas e instituições e dignificar o papel do comunicador. Fundada em 1967, ela une a tradição e a busca constante por inovação e aperfeiçoamento nas diversas áreas da Comunicação. Assim, define-se como a casa dos comunicadores que buscam conhecimento e referência para desenvolvimento de suas áreas e equipes, para planejamento de ações e projetos, e para investimento em suas carreiras. Seja em presença física ou digital, a atuação da Aberje ultrapassa os limites do território brasileiro com projetos de relacionamento e intercâmbio com países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Itália, Índia, México, Argentina, Chile, Colômbia e Peru.