Empresários goianos são os mais afetados pela crise
25/06/09
Pesquisa do Sebrae/SP mostra que 72% das micro e pequenas empresas goianas sentiram negativamente os efeitos da crise internacional
Goiânia -;A crise financeira internacional, iniciada em setembro de 2008, afetou ou está afetando 72% das micro e pequenas empresas goianas. A constatação faz parte do estudo ?Impacto da Crise Financeira Internacional nas MPE Brasileiras?, publicado pelo Sebrae São Paulo.;Os números colocam Goiás à frente do ranking nacional, seguido por Tocantins (69%), Paraíba (68%), Minas Gerais (68%), Espírito Santo (67%) e Rio Grande do Sul (67%), superando a média nacional (63%).Pela pesquisa, realizada de março a maio/2009, junto a 4.200 empresas em todo o País, 67% dos empreendedores goianos acusaram queda na demanda. Com relação ao faturamento, 48% afirmaram que vão manter, 40% vão aumentar, outros 9% vão diminuir e 3% não souberam responder.Para os próximos seis meses, 72% dos empreendedores goianos planejam manter o número de empregados, 16% pensam em aumentar o quadro e 10% cogitam a possibilidade de demissões. No mesmo período, 64% vão manter os investimentos, enquanto 31% vão aumentar e 6% diminuir.Sobre os problemas enfrentados pelas MPE goianas, a crise econômica figura em primeiro lugar (36%), seguida pela falta de capital de giro (16%), concorrência (10%), impostos e tributos elevados (7%), qualidade de mão-de-obra (6%), inadimplência (4%), dificuldade para obter empréstimo (1%). Para 12% os problemas são outros e 7% não enfrentam nenhuma dificuldade.Para o coordenador da pesquisa e consultor do Sebrae/SP, Marco Aurélio Bedê, nos estados onde os empresários se declaram mais afetados pela crise, como Goiás, há uma forte concentração de empresas exportadoras e atividades ligadas ao agronegócio e à indústria.O diagnóstico é comprovado pela Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás (Seplan), que apontou decréscimo de 10,08% na balança comercial do Estado, de janeiro a maio de 2009, na comparação com o mesmo período de 2008. ?A queda verificada pode ser atribuída aos reflexos da crise financeira mundial, que reduziu a demanda por vários produtos, como a carne, sulfeto de;minério;de cobre, couro e milho?, explica o documento da Seplan.A sondagem considera micro e pequena empresa aquelas com até 99 pessoas ocupadas na indústria, e 49 no comércio e serviços. De acordo com a Relação Anual de Informações (RAIS), o universo é formado 5.213.356 empresas em todo o País. A distribuição da amostra foi composta por 50 empresas da indústria, 50 do comércio e 50 de serviços.Serviço:Sebrae em Goiás – (62) 3250-2000Sebrae em São Paulo – (11) 3177-4500
Agência Sebrae de Notícias