Empresa que irá explorar jazida de Itataia será anunciada nesta quinta-feira
19/06/08
Será anunciado nesta quinta-feira, nas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), o nome da empresa que irá explorar a jazida conhecida como Itataia, localizada no município de Santa Quitéria. Na disputa, estão Vale do Rio Doce, Bunge Brasil e Galvani, mas a expectativa é que a Vale, grande favorita, saia vencedora. A jazida de Itataia tem uma capacidade mínima de produção de 120 mil toneladas de fosfato e 800 mil toneladas de urânio.A retirada do urânio será feita pelas INB para alimentar a usina Angra 3, mas a atividade depende da extração de fosfato por uma empresa privada. Há cerca de dez dias, de acordo com a assessoria de imprensa das INB, uma comissão técnica do órgão apresentou a melhor opção, entre as concorrentes, para a diretoria. Esta, por sua vez, concordou com a decisão e irá apresentar hoje o nome vencedor para o Conselho de Administração. Se aprovada, a empresa será submetida à análise final do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, ao qual as INB são subordinadas. Só então o nome será tornado público.Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Antonio Balhmann, espera-se que a Vale do Rio Doce será a escolhida para a exploração da jazida de Itataia, por causa da exigência de um capital muito alto e boa capacidade de investimento. O fostato extraído da mina, localizada a 252 quilômetros de Fortaleza, será usado para fabricação de sais minerais e fertilizantes. O investimento para implantação da planta que irá explorar o urânio associado ao fosfato é estimado pela Adece em US$ 200 milhões e aproximadamente 800 empregos diretos deverão ser criados com a atividade.O início da produção de Itataia acontece em um bom momento para os futuros exploradores da jazida de fosfato. Os fertilizantes tiveram aumento de preço por causa das seguidas altas do petróleo e o próprio presidente Lula já ressaltou a importância de aumentar a produção interna desse insumo, já que o Brasil importa cerca de 75% do que consome, atualmente.
O Povo – CE