Empresa indiana ampliará exploração de ferro no RN
20/10/10
A exploração de minério de ferro no Rio Grande do Norte começa a receber novos investimentos. Segundo informações da superintendência local do;; Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), a empresa Susan (de capital indiano) está para apresentar um novo plano econômico para exploração de uma área na Serra da Formiga, município de Cruzeta. Informações não oficiais estimam que a produção anual da jazida fique entre 6 milhões e 12 milhões de toneladas.
A Susan, associada à VTEC, já atua na região realizando pequenas extrações do produto. No entanto, o trabalho estava mais voltado para o mercado interno, fornecendo matéria-prima para cimenteiras. Agora, o objetivo é vender o produto no exterior. O superintendente do DNPM, Carlos Magno Cortez, explica que a empresa já tem concessão e autorização para a exploração do ferro. ?Agora, eles vão apresentar um novo plano de aproveitamento econômico que será entregue ao DNPM. Atualmente, eles estão acumulando material de alto teor e não paralisar o trabalho, mas o objetivo que nos foi passado é de ampliar a produção?.
Hoje, apenas a Mhag ? sócia da empresa Steel ? explora o minério de ferro com objetivo de exportação no Rio Grande do Norte. A empresas tem perspectiva de produzir ainda mais na mina do Bonito, localizada no município de Jucurutu,; com os investimentos em equipamentos que estão chegando aos; poucos através do Porto de Natal.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), são mais de 200 áreas em fase de requerimento, pesquisa, e prospecção mineral no Rio Grande do Norte. A Mhag é uma das empresas que possui outras áreas a serem exploradas e se soma a grandes nomes da mineração como a Vale e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). ?Temos conhecimento de várias empresas interessadas no Rio Grande do Norte. Há desde grandes empreendedores até pequenos que possuem investimento de capital externo?, explica o coordenador do setor mineral da Sedec, Otacílio Oziel de Carvalho.
Carlos Magno Cortez complementa lembrando que as empresas têm origem diversificada. Um exemplo foi o trabalho de prospecção de uma empresa do Casaquistão, interessada em tantalita, um dos minérios de destaque no RN.
Apesar de ter a mesma qualidade que o ferro explorado em outras regiões do país, o minério potiguar possui uma porcentagem baixa de teor ferroso. No mercado externo, o commoditie é comercializado com teores mínimos de 63%. A matéria-prima extraída no RN tem valores em torno de 63%.
De acordo com; Cortez, essa característica exige das empresas um trabalho maior para enriquecer o metal, mas não tira o atrativo do RN os investidores. ?Países como Índia e China trabalham prospectando reservas em áreas menores como forma de se proteger de crises do mercado. O Rio Grande do Norte se torna um espaço interessante de investimentos?.
Tribuna do Norte