Em seminário internacional, Raul Jungmann diz que o mundo está na “Era dos Minerais Críticos e Estratégicos”
28/05/25
Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos 2025 reúne, em Brasília, autoridades federais, empresas, ONGs, pesquisadores para discutir a expansão dos MCEs.

Crédito: Divulgação
Brasília, 28 de maio de 2025 – O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, afirmou hoje (28/5), em Brasília, que o mundo está “na Era dos Minerais Críticos e Estratégicos (MCEs), assim como tivemos a Era do Petróleo”. Jungmann justifica que o cenário é de crescente procura pelos MCEs por parte das nações e blocos econômicos, inclusive os produzidos no Brasil. Os MCEs, diz, serão itens relevantes na pauta da conferência da ONU sobre mudança climática, em novembro, por serem considerados soluções para desenvolver tecnologia e equipamentos para a descarbonização, de modo a enfrentar a crise climática, além de serem fundamentais para ampliar a produção de alimentos (para produzir fertilizantes), entre outras finalidades.
O Brasil figura como candidato a liderar o suprimento e o processamento industrial dos MCEs se desenvolver a produção e a industrialização de acordo com o nível de demanda. Mas, para transformar potencial mineral em realidade, diz Jungmann, é preciso superar gargalos: avançar no conhecimento geológico, já que apenas cerca de 27% do território está mapeado; assegurar mais agilidade, sem abrir mão do rigor, aos processos de licenciamento ambiental; incentivar a inovação tecnológica no setor; criar linhas de crédito para financiar a expansão da produção mineral.
“O crédito é fundamental para o Brasil diversificar sua pauta de produção mineral, hoje concentrada no minério de ferro, o que é vantajoso. Mas se há demanda crescente por MCEs, é preciso responder a esta demanda com mais produção. Dos US$ 68,4 bilhões que o setor irá investir no Brasil até 2029, a parcela a ser aportada na produção de MCEs ainda é pequena. Ou seja, precisamos de mais crédito para mudar este quadro”, acrescenta.
Ele também pontua que o Brasil precisa de rumo para orientar a expansão de produção mineral, na forma de políticas públicas. Ele celebra que o Ministério de Minas e Energia, por meio do ministro Alexandre Silveira, tenha anunciado que o governo pretende ter este rumo definido no segundo semestre deste ano.
Raul Jungmann foi uma das lideranças empresariais participantes do seminário organizado pelo IBRAM, que teve o patrocínio de: Samarco, ale (Diamante) e MineracaoTaboca (Ouro). Veja mais notícias sobre o evento no site e nos canais de redes sociais do IBRAM.