Dirigentes da mineração de países sul americanos debatem desafios do setor no pós-pandemia
15/07/20
O setor mineral do Brasil, da Argentina, do Chile e do Peru vivenciaram e ainda passam por experiências semelhantes em relação à pandemia. Nesses países, a mineração deve se transformar em um importante ponto de apoio para o desenvolvimento socioeconômico após a fase mais aguda da pandemia.

No alto, à esq., Flávio Penido (IBRAM) e ao lado Alberto Carlocchia (CAEM); abaixo, à esq., Diego Hernandez (Sonami) e, ao lado, Pablo de la Flor (Peru).
A solidariedade da indústria mineral em relação às comunidades logo nos primeiros momentos do surto do novo coronavírus é uma das ações comuns que se desenvolveram nesses quatro países, pontou o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Flávio Penido, durante live hoje (15/7) no e-mineração: Evento Virtual de Negócios – www.portaldemineracao.com.br – com dirigentes de entidades setoriais da mineração: Alberto Carlocchia, presidente da Camara Argentina de Empresários Mineros (CAEM); Diego Hernandez, presidente da Sociedad Nacional de Minería do Chile (Sonami); Pablo de la Flor, diretor executivo da Sociedad Nacional de Minería, Petroleo y Energia do Peru.
“Outro ponto em comum foi a atenção com a saúde dos trabalhadores, dos terceirizados, dos fornecedores e também com outras pessoas de relacionamento do pessoal das mineradoras”, disse Penido. Com isso, o setor tem mantido sua produção e o abastecimento de insumos às indústrias e ao agronegócio, mantendo empregos e gerando divisas com exportações, disse.
Na Argentina, onde a economia já se mostrava fragilizada antes da pandemia, o setor mineral é visto como um dos caminhos para aquele país buscar a recuperação econômica, contou Carlocchia, da CAEM. Após o governo local reconhecer e considerar publicamente a mineração como atividade essencial, a indústria mineral pode estabilizar a produção – quase paralisada no início do surto – e hoje as empresas estão com 60% a 80% de sua capacidade de produção ativa e crescendo. “Nosso maior desafio foi proteger às pessoas, às comunidades e as nossas produções, principalmente as micro e pequenas empresas. Isso reforça o cuidado que temos com a cadeia de valor”, afirmou Carlocchia.
No Chile, a mineração e o agronegócio foram menos afetados do que outros setores industriais por se localizarem fora dos limites das cidades; o controle do contágio, portanto, foi mais facilitado, relatou Hernandez, da Sonami. A indústria da mineração chilena manteve foco no cuidado com a saúde dos trabalhadores para diminuir a velocidade contagio e, assim, foi possível, dar continuidade à produção. Assim como na Argentina, o Chile também manteve o foco no cuidado com a saúde dos trabalhadores, famílias e comunidades. Apesar da situação política complexa que o país vinha enfrentando, as mineradoras locais mantiveram pagamentos e a responsabilidades com as contas. “A mineração teve participação no equilíbrio da economia local. No Chile, não tivemos a mineração declarada como atividade essencial e ainda tivemos decreto de calamidade pública. Ainda assim, conseguimos manter a normalidade operativa”, explicou.
No Peru, onde a mineração responde por 12% do PIB, a paralisação de atividades no momento inicial da pandemia gerou problemas que se arrastam até hoje. Porém, a retomada da atividade tem sido implantada em duas fases: primeiro foram autorizadas a funcionar as grandes mineradoras e em uma fase seguinte as menores. Agora, disse Pablo de la Flor, 95% do total do aparato mineiro do Peru já reativado. Ele acredita que nas próximas semanas o país vai recuperar os níveis de produção de antes pandemia. Talvez com situação mais delicada, o Peru entrou em recessão. Com a pandemia, o país está entre os três com maior queda no PIB e teve suspensão quase que total das atividades. “A mineração é uma atividade central no país, responsável por 60% das exportações. Além dos protocolos sanitários, que foi um grande desafio para nós conseguirmos cumprir na totalidade, também foi preciso repensarmos na reorganização dos turnos de trabalho e reprojetamos sistemas de transporte”, ponderou.
A pandemia também aproximou mais as mineradoras das comunidades nos quatro países, disseram os dirigentes. Eles afirmaram que é preciso evoluir as formas de relacionamento com as comunidades, com ênfase no diálogo, na transparência e no respeito mútuo e na sustentabilidade empresarial.
Acompanhe o e-mineração ao vivo
O e-mineração acontece nesta 4ª feira (15/7) e na 5ª feira (16/7). É transmitido ao vivo pelo site www.portaldamineracao.com.br/e-mineracao.
O e-mineração terá rodadas de negócios palestras técnicas, lives com temas de grande relevância para o setor, pitch de negócios para startups e um portal de negócios com informações sobre empresas e seus produtos e serviços. As rodadas de negócios serão realizadas também em 17/7, em razão da grande procura.
O evento conta com o Patrocínio Máster da Mineração Usiminas. As patrocinadoras na categoria Ouro são as mineradoras AngloGold Ashanti e Kinross.
Além destas, várias outras mineradoras confirmaram participação: Anglo American, ArcelorMittal, CBMM, CMOC, Fides Mining, Gerdau, Green Metals, Grupo J. Mendes Mineração (Ferro+), Jaguar Mining, MDC Mineração, Mineração Taboca, Mosaic Fertilizantes, MRN, Nexa, Norsk Hydro, Samarco, Sul Americana de Metais, Tupã de Ferro Mineradora, Vale e Yara.
A empresa Dassault Systèmes também é uma das patrocinadoras na categoria Ouro.
Apoio Institucional do e-mineração
As seguintes organizações são apoiadoras do e-mineração:
– Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), o Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ);
– Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM);
– Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (ADIMB);
– Associação Comercial e Empresarial de Minas Gerais (ACMinas);
– Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (AMIG);
– Agência Nacional de Mineração (ANM);
– Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM);
– Centro de Tecnologia Mineral (CETEM);
– Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii);
– Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral);
– Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra);
– Sindicato das Indústrias Extrativas de Minerais Metálicos, Metais Nobres e Preciosos e Magnesita no Estado da Bahia (Sindimiba);
– Serviço Geológico do Brasil (CPRM);
– Women in Mining Brasil;
– SEBRAE.
Apoio de Mídia
Veículos da mídia especializada figuram como apoiadores editoriais: Brasil Mineral, Brasil Mining Site, Eae Máquinas(Eae Agrícola), In The Mine, Minérios & Minerales, Notícias de Mineração Brasil, Revista Mercado Comum, e Portal Conexão Mineral.
Serviço
e-mineração: Evento Virtual de Negócios
Site: www.portaldamineracao.com.br/e-mineracao
Datas: 15 e 16 de julho
Organização e Promoção: Panda Inteligência em Eventos
Realização: IBRAM
Leia também:
EMBRAPII e IBRAM assinam acordo para fortalecer inovação na área de Mineração
#MineraçãodoBrasil