Diretor-presidente do IBRAM fala a associados sobre rumos do Instituto e do setor mineral brasileiro
07/04/22
O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) irá dedicar especial atenção a liderar o setor mineral no esforço de elevar seu patamar de sustentabilidade; criar laços institucionais com múltiplos stakeholders públicos e privados; abrir oportunidades para a expansão dos negócios do setor; elevar a percepção positiva da sociedade em relação à mineração; e enfrentar com firmeza os principais problemas que afligem a indústria da mineração.
Esta foi a tônica da fala do diretor-presidente Raul Jungmann, ao se reunir virtualmente com representantes de empresas associadas ao IBRAM, na manhã desta 5ª feira, 7 de abril. O IBRAM é conta em seu quadro com mais de 120 associados, entre as quais, mineradoras responsáveis por mais de 85% da produção mineral nacional.
Jungmann anunciou no encontro com associados que foi convidado por Ignacio Ybáñez, embaixador da União Europeia no Brasil, para conduzir uma apresentação para os demais embaixadores da UE sobre os compromissos do setor mineral brasileiro com a sustentabilidade, a crise das mudanças climáticas, entre outros temas. “Será no dia 26 de abril. Uma excelente oportunidade para a mineração do Brasil falar diretamente sobre estas agendas globais a toda a Europa”, afirmou.
O IBRAM e as companhias associadas, frisou, trabalham em cima de pautas globais, envolvendo temas como sustentabilidade, ESG, o programa TSM – Rumo à Mineração Sustentável, entre outros, que influenciam, inclusive, a reputação setorial. “Estamos desenvolvendo essas iniciativas; estabelecendo metas. Vamos fazer o setor avançar cada vez mais nessa agenda. Há, também, a Carta Compromisso e a Agenda ESG da Mineração do Brasil, ou seja, todo esse conjunto representa a modernidade. Não podemos pensar no presente e no futuro desconsiderando aspectos referentes à sustentabilidade em sua totalidade e importância. E setor mineral tem procurado avançar e se posicionar sobre essas questões”, afirmou.
Jungmann citou a recente COP26, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas – realizada em novembro de 2021 –, e as contribuições que empresas e setores terão que apresentar para mitigar a crise climática. O IBRAM, segundo ele, já discute como poderá ofertar às companhias associadas métricas e outras condições para que estas possam avaliar e traçar planos para evoluir sobre esta questão.
Pela relevância, o tema integra o rol de itens primordiais do planejamento estratégico do Instituto, disse. “Não tem futuro a atividade que não tenha preocupação com uma questão central, que é o ESG, e, também, com os aspectos reputacionais. Quem quer ter lugar no presente e no futuro tem que levar em conta as questões de sustentabilidade e as reputacionais”, afirmou.
Ele destacou, em complemento, que pesquisa do IBRAM demonstra que o público que conhece e tem mais familiaridade com a mineração empresarial, tende a conceder maior nível reputacional ao setor. Segundo Jungmann, “falar de mineração é falar de Brasil, de bem-estar, de empregos, de arrecadação de impostos, de algo que faz parte do nosso DNA”. E é preciso massificar a divulgação desses aspectos positivos junto à sociedade, afirmou.
Um caminho para chegar a bons resultados junto ao público externo é manter proximidade e canais de diálogos permanentes entre IBRAM e companhias associadas, disse Jungmann. “Acredito que só assim vamos fortalecer nossos laços; buscarmos, primeiramente, uma unidade dentro de casa. Só com unidade é que vamos fortalecer nossos laços lá fora. E unidade se constrói com diálogo, com receptividade. É isso que quero procurar alcançar com cada um e com todos que compõem o IBRAM”, acrescentou.
Mais transparência e segurança na gestão de barragens
Ainda relacionado ao tema sustentabilidade, o diretor-presidente disse no encontro virtual que o IBRAM espera contar com plena adesão das associadas para que prestem informações detalhadas sobre suas estruturas operacionais, como as barragens, para compor o acervo de informações atualizadas continuamente do aplicativo PROX. O app para celular foi desenvolvido pela CEMIG, companhia energética de Minas Gerais, com apoio do IBRAM. É uma iniciativa relacionada à transparência das informações das mineradoras e também contribui para uma melhor gestão operacional e maior segurança para trabalhadores do setor e para as comunidades.
Raul Jungmann também relatou aos participantes alguns dos principais desafios do IBRAM. Entre eles, estão temas como mineração em terras indígenas, a gestão de barragens e as tentativas de elevação indiscriminada da CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, sem o devido embasamento técnico-jurídico.
Esta e outras questões que afligem o setor mineral têm sido debatidas diretamente pelo diretor-presidente do IBRAM em uma série de encontros de trabalho com representantes dos três poderes. O objetivo é estabelecer articulações e alianças, políticas, empresariais e institucionais, com lideranças federais e estaduais, e, também, com as representações diplomáticas e abrir espaço para apresentar posicionamentos, propostas e argumentos do setor mineral em múltiplas temáticas.