30/04/10

O agronegócio brasileiro responde por cerca de 1/3 do PIB nacional e é um fator de sustentação econômica. Mas os solos brasileiros são considerados pobres em nutrientes, o que, para a garantia de uma produção de qualidade, se faz necessário altos investimentos em corretivos e fertilizantes. A adubação, por sua vez, depende da importação de matérias-primas, especialmente potássio e fósforo, o que provoca um impacto desfavorável na balança comercial. E a dependência de insumos externos diminui a competitividade da produção agropecuária nacional.
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Mas essa situação pode ser mudada por meio das rochas brasileiras. A utilização de subprodutos de mineração como fertilizantes tem várias vantagens, como a eliminação do impacto ambiental, a promoção de novos empregos e o desenvolvimento regional. A demanda por fertilizantes, no Brasil, concentra-se em produtos que priorizam o fósforo e o potássio. Os estudos, por sua vez, sobre as rochas, também estão concentradas naquelas que possuam maior concentração de fósforo e potássio, porém, sem subestimar a importância de outros nutrientes importantes para a adubação.
Um dos setores agrícolas que irá ganhar muito com os nutrientes provenientes das rochas é o de biocombustível. Nesse caso, as plantações de cana-de-açúcar e outras oleaginosas, principalmente pela importância da agroenergia no contexto atual.
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Para mostrar a produtores, empresas de mineração e de agropecuária e demais interessados como funciona o sistema de produção de fertilizantes por meio de rochas, as Universidades Federais de Lavras e São João Del Rei, a Embrapa/CNMPS e a Fazenda Santa Helena irão fazer um Dia de Campo na cidade de Nazareno, no sul de Minas Gerais.
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O Dia de Campo Fertilizantes Regionais na Produção de Biocombustíveis irá mostrar aos presentes o Projeto ROCKAPL, gerido pela Embrapa, que é voltado a incentivar a criação de Arranjo Produtivo Local em várias áreas do País, com vistas à produção de fertilizantes a partir de rochas brasileiras. Na região, já existe o APL Sul de Minas, que já possui 50 hectares de girassol ? destinado a produção de biocombustível líquido ? e que utiliza adubo produzido de rochas da região. Ainda este ano, haverá a cultura de soja que também receberá o mesmo tipo de fertilizante.
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A UFLA, por meio do seu departamento G-Óleo, conduzirá o tema principal do Dia de Campo, que é sobre a perspectiva do Setor de Mineração na produção de fertilizantes regionais e também sobre o mercado de oleaginosas para biocombustíveis.
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O evento acontece no próximo dia 1º de maio, na Fazenda Santa Helena, na cidade de Nazareno, à partir da 8h.
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Portal Fator Brasil