Descarbonização e transição energética são temas de debate no BNDES
04/10/23
IBRAM fala sobre a realização do 3º Inventário de Gases e Efeito Estufa do setor mineral
A agenda de oportunidades de descarbonização da produção mineral foi tema do ‘6º Seminário de Descarbonização das Indústrias de Base: Indústria Mineral’, realizado na tarde desta 3ª feira, 3/10, no Rio de Janeiro (RJ). O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, destacou na abertura do evento as ações em prol da agenda de descarbonização e o planejamento estratégico da indústria mineral em termos de ESG. Ele disse que este ano o Instituto iniciou o 3º Inventário de Gases e Efeito Estufa do setor.
“Estamos chegando à terceira rodada de apuração do nível de emissões. Fizemos uma primeira em 2008, com 10 minerais analisados e uma segunda em 2013, com análise de 16 tipologias. O resultado foi que o setor é responsável por aproximadamente 0,5% das emissões do país”, disse. Jungmann também ressaltou as preocupações do setor quanto às políticas públicas que estão em tramitação. Sobre o projeto de lei referente ao Mercado Regulado de Carbono, ele disse que o setor precisa ter atenção a três pontos, em especial: os limites de emissões estabelecidos para as empresas reportarem, considerados muito baixos; as penalidades estabelecidas, que se afastam do conceito do mercado de carbono, sendo similares às penalidades ambientais; e a governança do setor regulado participando junto ao governo.
O evento foi organizado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), em parceria com o IBRAM e a Associação Brasileira de Alumínio (ABAL).
Processo de mineração
No painel “Processo Produtivo da Mineração”, realizado logo após a abertura do seminário, o diretor de Assuntos Associativos e Mudança do Clima do IBRAM, Alexandre Mello, destacou as possíveis possibilidades de descarbonização e mitigação na indústria mineral. “Temos grandes oportunidades no transporte, seja no despacho dos minerais ou nas movimentações internas da própria atividade; nas plantas industriais e no beneficiamento; e em um terceiro ponto: o setor mineral preserva e cultiva várias florestas nativas e plantadas e isso tem um grande potencial de remoção de CO₂ que deve ser contabilizado na equação final do setor”, destacou.
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