Debate na COP28 evidencia contribuições da mineração e do agro do Brasil para vencer a ‘emergência climática’
09/12/23
Mineração e agronegócio são setores com enorme potencial para fazer o Brasil liderar a agenda de combate aos efeitos danosos das mudanças climáticas. Os minérios são essenciais para a inovação tecnológica e ao desenvolvimento de equipamentos voltados, por exemplo, a ampliar as fontes de energia renovável. Já o agronegócio está na base dos biocombustíveis – etanol, biodiesel etc. -, ou seja, sinônimo de segurança energética limpa.
Esta foi a tônica do painel “APEX – Como o agronegócio e a mineração se ocupam do futuro?”, na COP28, que contou com a participação do diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann.

Os participantes do painel APEX na COP28.
“Nosso setor, por exemplo, pode ser decisivo para as nações mitigarem os efeitos das mudanças climáticas. Ou seja, não produzimos e exportamos o que comumente chamamos de minérios – na verdade, produzimos e exportamos soluções. Os minérios do Brasil estão na base do desenvolvimento das nações”, disse Jungmann. Segundo ele, a urgência para acelerar providências de modo a suplantar os efeitos danosos das mudanças climáticas elevou a mineração à condição de indispensável para a humanidade ter chances reais de vencer essa verdadeira ‘guerra climática’.
Na COP28, o IBRAM e as mineradoras associadas participaram de vários eventos e mostraram ao mundo como essa indústria age em prol das boas práticas ESG, bem como para descarbonizar sua operação, além de contribuir para que fornecedores e clientes consigam avançar nestas agendas.
Em relação à produção de minerais críticos para a transição energética, Jungmann pontuou que os investimentos e a produção são crescentes em relação a minérios de alta demanda, como lítio, vanádio, nióbio, terras-raras, entre outras substâncias. “São projetos industriais que estimulam o desenvolvimento socioeconômico de regiões inteiras; que geram oportunidades para extensas cadeias produtivas em várias partes do país”, afirmou.
Também participaram do painel neste dia 9 de dezembro: Jorge Viana, presidente da APEX Brasil; Renata Miranda, secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura; Vivian Macknight, gerente de Mudanças Climáticas da Vale; Ana Cabral, CEO da Sigma Lithium; Maria Elisa Curcio, presidente da Latam; Rejane Souza, Senior Vice President, Global Innovation of Yara International. A ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira mediou os debates do painel.