Covid-19: testes comprados pela Vale chegam ao Brasil
31/03/20
O jornal Valor Econômico informa que o primeiro lote de kits de teste rápido para o novo coronavírus comprado pela mineradora Vale, na China, chegou ao Brasil. São 500 mil unidades de um total de 5 milhões de kits adquiridos pela companhia da produtora de testes chinesa Wondfo. O material vai atender as demandas do Ministério da Saúde e estará todo disponível no país até o fim de abril.
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Os 5 milhões de kits para teste rápido são parte de “ajuda humanitária” feita pela Vale para o combate ao novo coronavírus. A mineradora colocou sua infraestrutura logística na China, onde está presente há muitos anos, para ajudar o Brasil, disse Luiz Eduardo Osorio, diretor-executivo de relações institucionais, comunicação e sustentabilidade da Vale. Ele afirmou que cabe à empresa comprar os kits de teste rápido do fornecedor chinês e entregá-los, no Brasil, ao Ministério da Saúde, que se encarrega da distribuição. Os kits estão sendo repassados pela empresa ao governo na forma de doação. O teste, produzido pela Wondfo, tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Embora a Vale tenha longa relação com a China – seu principal mercado -, e possua escritórios e uma rede de relações no país, a compra dos kits de teste rápido não é, necessariamente, uma tarefa trivial em tempos de pandemia. O desafio, nos dias atuais, é encontrar fornecedores com capacidade de produção disponível uma vez que o mundo inteiro está requerendo testes.
“Tentamos colocar toda nossa estrutura na China para trazer o máximo de equipamentos e testes para ajudar o país”, disse Osorio. Ele afirmou que o número de 5 milhões de kits foi acordado com o Ministério da Saúde. A Vale se encarregou desse volume e cifra idêntica está sendo comprada por outras instituições privadas, disse o executivo. O governo também anunciou que está comprando testes do novo coronavírus. A mineradora também ofereceu ajuda ao governo para adquirir na China equipamentos de proteção individual, como máscaras.
Osorio afirmou que, com base em experiências de outros países, a realização de testes é importante, com destaque para a testagem em profissionais de saúde, além de outros públicos-alvo. Ele disse que é “fundamental” que a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) esteja equipada para testar o novo coronavírus com frequência, e proteger os profissionais de saúde. A proteção, segundo ele, se dá via equipamentos de segurança, entre os quais estão máscaras cirúrgicas. A Vale está negociando com fornecedores a compra de máscaras – outro item muito demandado no mundo inteiro – e, portanto, a empresa não informa o número de unidades que poderá comprar.
A Vale também anunciou, em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e a Rede Mater Dei de Saúde, o lançamento do edital “Vale COVID-19 Desafio” para apoiar soluções que reduzam os impactos da doença, com foco nas áreas de prevenção e rastreamento de risco, triagem e diagnóstico, monitoramento e acompanhamento de pacientes, e cuidados intensivos. O apoio será feito por meio de aportes financeiros ou conectando parceiros para que essas soluções possam ser colocadas em prática em até 15 dias, com investimento máximo de US$ 1 milhão. As propostas podem ser enviadas até domingo.
Fonte: Valor Econômico