20/12/11

Atrasos em obras levam empresas dos setores de mineração e siderurgia de Minas a mapear a demanda por mão de obra
Grandes “players” com atuação em Minas Gerais formaram o consórcio Minero-Metalúrgico para fomentar a formação e qualificação profissional de trabalhadores para o segmento. Os constantes atrasos no cronograma das obras gerados pelo déficit de profissionais fez com que essas empresas se movimentassem para mapear a demanda por profissionais. Levantamento realizado pelo consórcio concluiu que, para 2012 e 2013, as 14 companhias integrantes do grupo e seus prestadores de serviço terão uma necessidade de 12.739 trabalhadores nos níveis superior, técnico e básico. Parcerias com o governo de Minas pretendem minimizar o impacto do déficit e formar profissionais que terão vaga garantida no mercado de trabalho.
A procura por profissionais no setor vai de psicólogo e advogado a topógrafo e soldador. Já em 2012, o profissional de nível superior mais procurado pelo setor em Minas Gerais será o engenheiro mecânico, que terão 176 vagas disponíveis. O técnico com maior demanda será o de mecânica, com 386 postos a serem preenchidos e o trabalhador de nível básico mais procurado será o operador de produção (350 vagas).
Segundo a coordenadora do consórcio, Alba Valéria Santos, além das empresas não conseguirem cumprir um cronograma de obras pré-estabelecido, a escassez de profissionais também aumenta o custo da mão de obra. ?Esses problemas nos levaram a procurar o governo e mostrar nossa demanda. Sabemos que o governo não pode privilegiar o setor, então as empresas dão contrapartidas e colaboram com a capacitação. Para o governo é interessante porque vai formar um trabalhador com vaga garantida no mercado de trabalho?, afirmou.
Compõem o consórcio as empresas: Anglo American, Anglo Gold Ashanti, ArcelorMittal, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Ferrous Resource, Gerdau, Kinross, Jaguar Mining, MRS Logística, Nacional Minérios S/A (Namisa), Samarco Mineração, Mineração Usiminas, Vale e Vallourec e Sumitomo Tubos do Brasil (VSB). Juntas, essas companhias empregam 453 mil empregados no mundo, sendo 139 mil no Brasil e 70 mil em Minas Gerais, onde ainda são gerados de forma indireta 124.000 vagas, segundo o consórcio. O faturamento bruto das companhias totalizou, em 2010, R$ 132 bilhões. Para os próximos 5 anos elas possuem um portfólio de investimentos que somam R$ 36 bilhões somente em Minas Gerais. Em 2011, a demanda por profissionais foi de 6.745 trabalhadores.

Hoje em Dia