China testa efeitos de possível alta do yuan
01/03/10
A China está conduzindo “testes de estresse” no setor de exportação do país para ver quanta apreciação do yuan as empresas podem suportar, informou na sexta-feira o jornal local 21st Century Business Herald. O periódico citou fontes da indústria dizendo que os resultados do teste, conduzido em conjunto com o Ministério do Comércio e o ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, servirá como referência para a futura política monetária do governo chinês.
Esses testes, segundo o jornal, não significam que Pequim deixará o yuan se apreciar. De qualquer forma, a reportagem marca uma rara discussão na mídia chinesa sobre a oportunidade real de valorização do yuan, em meio à crescente especulação de que Pequim pode estar prestes a permitir a volta da apreciação da moeda.
De acordo com os resultados iniciais dos testes, que se concentraram em exportadores de têxteis, sapatos e brinquedos, cada ponto percentual de apreciação do iuan tiraria um ponto da sua margem de lucro. Isso seria um sério golpe à rentabilidade, já que, muitas vezes, a margem de lucro líquido dos exportadores é apenas de 3% a 5%, disse o jornal.
EMPRÉSTIMOS. A parcela do crédito “non-performing” que sofre atraso no pagamento de juros e cujo recolhimento do principal é incerto sobre os empréstimos totais do setor bancário da China caiu para 1,48% ao final de janeiro, 0,1 ponto percentual abaixo do nível do início do ano.
De acordo com a comissão que regulamenta o setor bancário chinês, os empréstimos “non-performing” somavam 483 bilhões de yuans ao final de janeiro, 14,3 bilhões de yuans a menos do que no início do ano. Os ativos totais do setor bancário da China ao final de janeiro aumentaram 25,5% em comparação com o nível de igual período do ano passado, para 80,5 trilhões de yuans (US$ 11,8 trilhões).
PIB DA ÍNDIA. A economia da Índia cresceu 6% entre outubro e dezembro do ano passado, em relação ao mesmo período de 2008. O crescimento foi menor do que o de 7,9% do trimestre imediatamente anterior e do que a previsão de 6,9% dos economistas ouvidos pela Dow Jones. No entanto, o governo manteve sua previsão para a expansão no ano fiscal.
O crescimento da economia indiana foi em boa parte devido à produção do setor de manufatura, que subiu 14,3% em relação aos três últimos meses de 2008, bem como a do setor de mineração, que aumentou 9,6%. O setor agrícola, por outro lado, teve contração de 2,8%.
Segundo o vice-presidente da Comissão de Planejamento da Índia, Montek Singh Ahluwalia, os números do terceiro trimestre do país vieram em linha com as expectativas. “Nós mantemos a estimativa da Organização Central de Estatísticas de expansão de 7,2% (no ano fiscal)”, afirmou Montek Singh Ahluwalia.
Jornal do Commércio