CBMM projeta nova expansão de planta em Araxá
13/12/11
Aportes de R$ 800 milhões até 2015.
A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), em Araxá, no Alto Paranaíba, vai fazer nova expansão na planta do município. Depois de investir R$ 250 milhões na construção de uma unidade de sinterização no complexo industrial, finalizada neste ano e que viabilizou a produção de 90 mil toneladas de ferro-nióbio por ano. A empresa já solicitou à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) a licença prévia (LP) concomitante com licença de instalação (LI) de ampliação para 150 mil toneladas anuais.
A CBMM foi procurada pela reportagem, mas não comentou o assunto. No entanto, conforme já informado pela companhia, o plano até 2015 previa aportes da ordem de R$ 800 milhões em novas expansões e a ampliação contemplada pelo referido licenciamento pode estar incluída dentro do pacote.
De acordo com o relatório do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) do Triângulo Mineiro, subordinado à Semad, a área útil da indústria (330,7 hectares) será ampliada em 6 hectares e 48 funcionários serão adicionados ao efetivo da atual planta de 958 trabalhadores.
O projeto da CBMM, cujas reservas no Alto Paranaíba são da ordem 800 milhões de toneladas, com durabilidade estimada em 200 anos, prevê a edificação de uma nova unidade de concentração, um forno elétrico na desfosforação, uma planta que irá recuperar o ferro-nióbio residual da escória metalúrgica e outra unidade de britagem, embalagem e expedição.
O principal mercado consumidor para a CBMM é o asiático, especialmente a China, mas a empresa, que é responsável por cerca de 80% da produção mundial de ferro-nióbio, tem cerca de 350 clientes espalhados pelo mundo.
Exportações – A CBMM é o segundo maior exportador do Estado, atrás apenas da Vale S/A. Entre janeiro e outubro, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a companhia teve uma participação de 4,7% nos embarques estaduais.
No acumulado do ano até outubro, ainda conforme os dados do Mdic, a receita gerada com exportações da CBMM chegou a US$ 1,599 bilhão, 27,3% de crescimento em relação aos US$ 1,256 bilhão gerados com os embarques do mesmo período de 2010. O resultado comprova que o mercado internacional está aquecido.
No começo de setembro, a CBMM confirmou ao mercado que um consórcio formado por empresas chinesas comprou, por US$ 1,8 bilhão, 15% do capital da empresa. A operação foi similar a outra realizada em março, quando conglomerados japoneses e sul-coreanos também adquiriram fatia de 15% da companhia pelo mesmo valor.
O grupo Moreira Salles, entretanto, continua com o controle da indústria, com 70% do capital. Na Europa, a empresa tem escritórios em Amsterdam (Holanda) e Genebra (Suíça), além de ter unidades nos Estados Unidos e em Cingapura.
Diário do Comércio