Caixa vai garantir saúde de mineradoras e metalúrgicas, diz Fitch
09/02/09
SÃO PAULO – As elevadas posições de caixa das empresas de mineração e metalurgia da América Latina serão importantes para que elas mantenham o pagamento de suas dívidas, enquanto a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pode cair mais de 50% em 2009. A avaliação foi feita em relatório divulgado hoje pela agência de classificação de risco Fitch Ratings.
O documento destaca que as empresas entram no cenário adverso atual bem posicionadas, já que tiveram picos de demanda e de preços em meados do ano passado, o que permitiu ampliar as posições em caixa.
A Fitch considera improvável que as grandes empresas do setor na América Latina deixem de pagar seus compromissos, mas alerta que os fluxos de caixa mais estreitos podem pressionar os índices de alavancagem de algumas companhias, acionando alguns “covenants” (cláusulas contratuais que preveem limites para indicadores das empresas) de dívidas das companhias. Nestes casos, dependendo dos contratos, os credores podem pedir a quitação antecipada ou uma renegociação dos termos da dívida.
A agência diz ainda que a relação entre o caixa e a dívida de curto prazo dessas empresas estava em 1,6 vez nos 12 meses encerrados em 30 de setembro, em comparação com uma relação máxima de 2,5 vezes observada em 2006. Por outro lado, a Fitch ressalta que as dívidas de curto prazo dessas companhias representam na média 21% do total, sendo que a maior parte das grandes amortizações não deve ocorrer pelos próximos 24 meses.
Entre as empresas consideradas para o estudo estão CAP, CSN, Gerdau, Vale, Samarco, Usiminas, Siderar, Sidetur, Ternium Mexico, Codelco, Southern Copper Corporation, Minera Escondida, Molymet, Alcoa Aluminio e Clarendon Alumina Production Limited.
(Valor Online)
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