Buritirama Mineração apoia projeto de atendimento psicológico
27/08/20
Segundo a Organização Mundial da Saúde, problemas como depressão, ansiedade e outros transtornos são cada vez mais comuns entre a população, atingindo aproximadamente 31,4 milhões de pessoas no Brasil em 2019.
Para oferecer apoio psicológico gratuito e acolhimento aos moradores da Vila Santa Fé e proximidades, em Marabá, no sudoeste do Pará, a Associação das Mulheres da Vila Santa Fé e Comunidades Vizinhas levou para a região o Projeto Viver Entre Cores, originalmente idealizado por Alessandra Lima. Aos sábados, das 8h30 às 15h30, o grupo se reúne no Posto de Saúde José Djalma de Azevedo com 18 profissionais da saúde e 10 assistentes sociais para atender à população adulta e infantil.
Rose Moreno, uma das representantes da associação, conta que a ideia surgiu por meio do contato com outros grupos de apoio e políticas públicas às mulheres e foi adaptada para a realidade local. “Não há um espaço físico para tratar da saúde mental na Vila Santa Fé, somente nas regiões centrais. A ação visa tornar viável o atendimento especializado e busca tratar casos como uso excessivo de álcool e drogas, ansiedade e a falta de lazer”, explica.
A ação, inédita na vila, já foi aplicada em outras partes de Marabá, graças à parceria com a Prefeitura. Em todas as atividades, primeiro ocorre uma palestra com um tema proposto pela equipe do projeto e, após a conversa, quem desejar acolhimento tem profissionais à disposição para uma escuta profissional. “Trabalhamos com a prevenção, por meio de atendimento gratuito, para evitar que novos casos de automutilação e suicídio ocorram na cidade”, ressalta Alessandra, idealizadora do Projeto Viver Entre Cores.
O luto, as incertezas causadas pelo sentimento de não-valorização, não-pertencimento e outros fatores podem acarretar sintomas físicos e psicológicos. O Psicólogo Lucas Valente explica que transtornos como a ansiedade e a depressão podem acometer qualquer pessoa, em qualquer lugar e classe social: “Isso acontece por preocupações quanto à ausência de elementos básicos na moradia, por razões econômicas ou por altíssimos picos de estresse seguidos por um grande esgotamento”, afirma.
Rose Moreno explica que “com estrutura, a população será melhor acolhida e atendida. Com conhecimento, as pessoas vão entender que nenhuma doença mental é inventada e que depois da pandemia, muitas pessoas podem desenvolver enfermidades, e os profissionais ajudarão nessas questões”, diz.
O apoio da Buritirama Mineração veio para auxiliar a associação a viabilizar a proposta. O Especialista em Relações Comunitárias, Wlademir Marques, destaca que esse suporte faz parte do cuidado que a companhia dedica às comunidades. “É importante apoiar ações como essa, que se preocupam e olham pelas pessoas que moram próximas a nós e são fundamentais para o bem de todos”, afirma.
“As pessoas vão começar a compreender que cuidar da saúde mental é importante e ver que isso não é coisa de rico. Nós queremos fazer a diferença para quem busca ajuda”, finaliza Rose.