Brasileira CSN trama para cobrir oferta pela Corus
23/10/06
O grupo alemão Thyssen Krupp e o grupo siderúrgico russo Severstal também estariam estudando propostas
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SÃO PAULO – O agressivo grupo siderúrgico brasileiro CSN indicou o Lazards, banco de investimentos de primeira linha, como consultor sobre sua intenção de entrar na operação de compra do controle acionário da Corus pela Tata Steel por 5,1 bilhões de libras (U$ 9,6 bilhões).
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Na outra ponta, segundo informou hoje a edição do The Sunday Times, também há a gigante siderúrgica alemã Thyssen Krupp interessada pela compra, cujo valor de mercado ronda os 9,4 bilhões de libras (U$ 17,6 bilhões). Neste negócio, outro interessado foi o grupo siderúrgico russo Severstal. Contudo, devido ao seu interesse em abrir seu capital em Londres, o grupo acabou demonstrando menos interesse na semana passada.
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A Tata quase certamente se afastará do negócio se acontecer uma guerra de propostas. A companhia indiana está oferecendo 455 pence (U$ 0,856 ) por ação pelo grupo siderúrgico anglo-holandês Corus, que inclui as operações remanescentes da British Steel. Incluindo a dívida da Corus, o acordo vale 5,1 bilhões de libras (U$ 9,6 bilhões).
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Na sexta-feira, as ações da Corus continuavam sendo negociadas acima do preço de oferta, sugerindo que os investidores consideram provável uma proposta concorrente. Elas fecharam em 473 pence (U$ 0,890).
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Especulações
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As especulações foram provocadas por comentários da Standard Life, que, com uma participação de 8% é a maior acionista individual da Corus. A Standard Life disse: “A oferta da Tata pela Corus é mais baixa do que esperaríamos que o conselho da Corus aceitasse e recomendasse.
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” Mas qualquer oferta rival enfrentará um duro obstáculo na forma dos gestores de fundos de pensão da Corus. Os administradores dos dois principais esquemas da Corus, que têm ativos – e obrigações futuras – de 13 bilhões de libras (U$ 24,5 bilhões) mais de duas vezes o valor da companhia, concordaram em apoiar a oferta da Tata.
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Executivos da Corus disseram privadamente que os gestores ficariam mais contentes com um acordo com a Tata, que tem uma reputação de empregadora benevolente, do que com uma concorrente rival. Uma nova concorrente também teria que arcar com uma multa de ruptura acertada como parte do acordo Tata-Corus.
O Estado de São Paulo