Brasil e China assinam plano para estimular negócios
16/04/10
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hu Jintao assinaram nesta quinta-feira o Plano de Ação Conjunta (PAC) Brasil-China para os anos de 2010 a 2014, que abrange 11 áreas – agricultura, ciência e tecnologia indústria e cultura. A intenção é estimular os negócios entre os dois países.
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– O Plano que assinamos hoje oferece excelente roteiro para o nosso futuro comum.Permitirá uma melhor coordenação de nossa atuação global em benefício das aspirações dos nossos povos – afirmou Lula.
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Em seu discurso, o presidente brasileiro também ressaltou que a China tornou-se o principal destino das exportações brasileiras, mas defendeu que esse comércio precisa envolver produtos com maior valor agregado.
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– Para que a promessa do comércio do Sul-Sul seja uma realidade, o Brasil precisa aumentar a valor agregado de seus vendas – afirmou o presidente, acrescentado que o setor aeronáutico poderia ajudar neste movimento, tornando “nossas trocas mais equilibradas.”
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– O empresariado brasileiro tem o desafio de ser mais arrojado.
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Lula disse que, desde o início de seu governo, em 2003, o intercâmbio comercial entre Brasil e China cresceu 780%, chegando a uma corrente de comércio de US$ 36 bilhões.
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Em seu discurso, o presidente Hu também destacou a importância do comércio bilateral e que é interesse dos dois países fortalecer suas relações.
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– Testemunhamos mais atos (no encontro de hoje) que vão trazer uma ação mais abrangente e organizada – apontou.
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Alem do PAC, os dois países assinaram outros 13 atos nas áreas de agricultura, energia, comunicações e cultura. Entre eles, o acordo entre a brasileira EBX e a chinesa WISCO para a construção de um complexo siderúrgico no Porto de Açu, no Rio de Janeiro. De acordo com o presidente do EBX, Eike Batista, os investimentos serão de US$ 5 bilhões, sendo que 70% bancados pelos chineses e o restante, pelo grupo nacional. Ao todo, serão produzidas 5 milhões de toneladas de minério e aço.
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– A ideia é exportar tudo para a China, e vender também produtos com maior valor, como chapas de aço – explicou o empresário, presente à cerimônia.
O Globo Online