07/08/07

Em sua visita ao presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, ontem, o governador Eduardo Braga (PMDB) pediu um tratamento melhor para os produtos da Zona Franca de Manaus e uma união maior entre Amazonas e aquele Estado. O presidente Vaz de Lima abordou a questão ambiental, ressaltando a necessidade de preservação da região amazônica. Ele avaliou que a Amazônia passou por dois modelos de gestão econômica bem diferentes, um representado pelo Estado do Pará, que foi mais voltado para a exportação do minério, exploração da madeira e das castanhas. O outro modelo optou pela criação da Zona Franca, que gerou desenvolvimento sustentável e uma maior preservação do meio ambiente. Vaz de Lima afirmou que o primeiro resultou em graves problemas fundiários e de meio ambiente. Para Eduardo Braga, no caso do Amazonas, não se trata de guerra fiscal, pois esta pressupõe que um Estado levaria vantagem sobre outro através de incentivos fiscais. Para o governador, há verdadeira discriminação do produto produzido em Manaus. No caso, ele analisa, ?o que se faz é importar mão-de-obra da China, enquanto que o Brasil exporta a sua quando envia a matéria-prima?. Braga afirmou que a entrada descontrolada de produtos chineses provoca um desequilíbrio no mercado, o que é prejudicial a todos. Ao final do encontro, o presidente da Assembléia de São Paulo, que foi convidado a visitar o Amazonas, observou que o governador iniciou sua vida pública no Legislativo, tendo sido vereador, deputado estadual e federal, conhecendo, portanto, os trabalhos realizados pelos parlamentares. Eduardo Braga foi a São Paulo participar, como palestrante, do Fórum de Debates Político e Empresarial da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB). Desenvolvimento Ele expôs o tema ?Ações necessárias para o desenvolvimento brasileiro? para mais de 500 empresários que lotaram o Club Homs, na Avenida Paulista. Prestigiaram a palestra do governador o ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan; o secretário de Educação Superior do Estado de São Paulo, José Aristodemo Pinotti; o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, e o presidente da Vivo Celular, Roberto Lima. Após ser recebido pelo presidente da ADVB, Miguel Ignatios, Braga iniciou sua fala abordando temas como a preservação da Amazônia, o desenvolvimento sustentável e a implantação da Bolsa Floresta. O programa inédito no país, que será lançado este mês, irá assegurar uma renda mínima mensal aos moradores das unidades de conservação. — O Bolsa Floresta é um instrumento da nossa lei de mudanças climáticas. O estado do Amazonas é um estado que tem 98% do seu território preservado, do ponto de vista ambiental, ou seja, temos ainda 98% da nossa camada florestal intacta e temos, portanto, a oportunidade de trabalhar num conceito de floresta preservada, observou. Ele destacou ainda que o Brasil tem forte potencial de crescimento e ressaltou os méritos da política desenvolvimentista adotada pelo governo Lula. Em sua palestra, Braga reafirmou a necessidade de se combater as desigualdades regionais e frisou que o desenvolvimento do Amazonas precisa ser feito de maneira responsável no campo ambiental, social, tecnológico e econômico. Foto: Amazonas em Tempo

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