Bolsa de Londres quer atrair mineradoras da AL
16/06/08
Santiago do Chile, 16 de Junho de 2008 – A Bolsa de Valores de Londres (LSE) quer atrair empresas do setor de mineração da América Latina, que têm objetivo de se tornarem globais, para agregar ao seu crescente portfólio. Para isso, enviou seus representantes para uma visita a mercados importantes, em sua visão, como Buenos Aires, Lima e São Paulo, e esta semana se encontram em Santiago. O objetivo é promover as condições de entradas para empresas listadas em seu mercado Alternativo de Investimentos (AIM). “Estamos tentando atrair companhias chilenas para se listarem em nosso mercado”, disse Graham Dallas, encarregado do negócio de desenvolvimentos internacionais da Bolsa de Valores de Londres, em Santiago. “A mineração é particularmente um setor muito bom, por estar muito ativo no mundo inteiro atualmente. Por isso, acredito que Londres tenha um bom impulso na mineração” acrescentou o executivo. Dallas assegurou que a América Latina também tem outros setores atraentes, mas não se encontram tão globalizados como o setor minerador, uma vez que a geologia é uma linguagem universal. “Nos reunimos com várias empresas chilenas, companhias familiares, que consideram a possibilidade de passar da propriedade familiar a uma IPO (oferta pública inicial) e Londres é um sério competidor para realizar isso”, assegurou Seema Paterson, diretora de finanças corporativas da corretora londrina Collins Stewart. América Latina A América Latina entregou ao mercado londrino algumas das maiores firmas mineradoras, tanto na Bolsa de Metais como na AIM, um mercado para empresas menores, mas em crescimento em busca de investidores institucionais. A mexicana Fresnillo, a maior produtora mundial de prata, levantou em maio cerca de US$ 1,77 bilhão de dólares) em Londres. A chilena Antofagasta, uma das grandes companhias mineradoras do mundo, cota em Londres desde 1982. Custa cerca de US$195.000 por ano se manter no mercado de ações de Londres e pagar por relações públicas e outros serviços. Os analistas dizem que é melhor que as firmas com uma capitalização abaixo de US$ 9,75 milhões na bolsa não ingressem no mercado. David Royce, um sócio da Ernest and Young, está convencido de que há outras firmas familiares no Chile e em outros lugares da região que serão candidatas a cotar em Londres. Ele sabe que já ajudou a atrair a esse mercado a Fresnillo neste ano e a peruana Hochschild Mining em 2006. “Não posso dizer quantas, mas estou absolutamente convencido de que há algumas. Estou seguro de que há outras grandes empresas familiares em todos os mercados da América Latina”, assegurou Royce. (Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 7)(Reuters)
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