Belém – Auditório lotado para Conferência promovida pelo IBRAM
14/09/06
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Auditório esteve lotado durante toda a Conferência. IBRAMpromete criar fórum permanente no Pará.A mineração na Região Amazônica tem diante de si um campo de desafios promissores e, nesse contexto, o estado do Pará se consolida como grande pólo minerador do Brasil. A afirmação foi feita pelo presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Paulo Camillo Penna, na abertura da Primeira Conferência sobre Responsabilidade Social e Ambiental, realizada em Belém (PA).
Para o presidente do IBRAM, este foi o primeiro passo para a criação de um fórum permanente destinado a debater problemas (e possíveis soluções) da mineração na região. O objetivo é estabelecer um canal de comunicação entre a indústria da mineração, segmentos organizados da sociedade e o governo.
O encontro de Belém, que coincidiu com a comemoração relativa aos 30 anos de exploração do caulim na Amazônia, foi realizado na Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), cujo auditório esteve lotado durante as exposições do programa, em 24 de agosto.
Paulo Camillo lembrou que a indústria da mineração reúne muitos casos de como pode atuar positivamente em relação ao meio-ambiente. Esse papel inclui desde a recuperação dos locais onde ocorreu a exploração mineral, passando por experiências que contribuem para uma melhor destinação de resíduos urbanos, até a preservação de áreas de interesse cultural e ambiental.
O encontro promovido pelo IBRAM ofereceu a oportunidade para que consultores e representantes das empresas mineradoras da região pudessem mostrar exemplos de sua atuação nas áreas social e ambiental.
As exposições
A primeira exposição ficou a cargo de Eduardo Martins, mestre em ecologia pela Universidade de Brasília e ex-presidente do Ibama, que falou sobre as Perspectivas da Mineração na Região Norte do Brasil: Os Desafios do Desenvolvimento Sustentável. Disse que a mineração cumpre papel fundamental na sociedade moderna, pelos bens essenciais gerados ou pelos resultados econômicos alcançados. ?Independentemente das vantagens para a sociedade em geral, as contribuições para o desenvolvimento local serão cada vez mais importantes para legitimar a atividade?, afirmou.
Em seguida falou Waldemir Queiroz, gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança da Imerys Rio Capim Caulim, uma das mineradoras instaladas no Pará. Segundo ele, a empresa mantém atualmente sete projetos nas áreas de educação, saúde e geração de renda.
O terceiro expositor foi Ademar Cavalcante Silva Filho, gerente de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Relações Comunitárias da Mineração Rio do Norte (MRN). Falou sobre as Contribuições da MRN para o alcance dos Oito Objetivos do Milênio, definidos pela Organização das Nações Unidas. A MRN busca seguir as diretrizes estabelecidas pela ONU com vistas a garantir desenvolvimento sustentável e melhorar as condições de vida das populações localizadas nas áreas onde opera.
Olinta Cardoso, diretora de Comunicação da CVRD presidente da Fundação Vale do Rio Doce (FVRD), fez a quarta exposição sobre o tema Responsabilidade Social da Vale no Pará. As empresas do Grupo Vale investiram no ano passado US$ 18,7 milhões em ações sociais na região. Júlio Nery, diretor de Operações das empresas CADAM/PPSA, que exploram caulim na região, foi o quinto expositor, falando sobre os 30 anos do caulim na Amazônia. As duas empresas têm um programa de atuação em conjunto com as prefeituras dos municípios onde operam, com ênfase na formação de mão-d- obra absorvida em seus projetos e contratada por outros empreendedores.
O encerramento do encontro coube a Patrícia Helena Bozon, consultora do IBRAM na área de recursos hídricos e membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O tema abordado foi A Atual Gestão Ambiental ? Riscos e Possibilidades para Prática da Mineração. Destacou a necessidade de imprimir mudanças mais profundas na gestão ambiental. Para ela, alguns paradigmas que norteiam a agenda nacional do meio ambiente precisam ser mudados porque estão ultrapassados ou são equivocados.
Mais detalhes sobre o evento promovido pelo IBRAM na 2ª. edição do Jornal da Indústria da Mineração e na newsletter Carta Mineral n° 2, que circularão em setembro.