BBX aumenta recuperação de ouro com pirometalurgia
22/06/17
A BBX Minerals, dona do projeto de ouro Três Estradas no Amazonas, disse que obteve mais resultados considerados “excepcionais” durante testes metalúrgicos preliminares com material retirado do local. As ações da empresa passaram de 8 centavos de dólar australiano para 34 centavos em menos de um mês na Bolsa de Valores da Austrália (ASX).
“Com esses resultados iniciais animadores, a companhia decidiu avançar no processo pirometalúrgico de extração nas instalações de Marcelo da Silva Pinto ME [em São Gonçalo (RJ)] com amostras de Três Estados para melhorar a [taxa de] recuperação do metal, incluindo a recuperação de platina e paládio”, diz nota divulgada no último dia 20 pela BBX.
Segundo a mineradora, mais três testes foram realizados, resultando em botões de ouro e prata que foram derretidos e analisados pela AAS, que apresentou resultados de 8,32 g/t Au, 25 g/t Au e 41,40 g/t Au, calculados com base no peso da amostra original, e que podem ser comparados ao resultado pirometalúrgico apresentado no dia 1º de junho: 4,70 g/t Au e 1,53 g/t Au.
O segundo e o terceiro teste incluiram a etapa de pré-oxidação, que não tinha sido usada, antes da fundição. Devido ao objetivo e aumentar a recuperação de ouro, ajustes menores no método de extração resultaram em valores menores de prata nos testes 1 e 3.
“Estamos satisfeitos com a oportunidade de iniciar os testes em uma planta piloto de pirometalurgia que não apenas vai a habilitar a BBX para novos testes, refino e aumento de escala do processo de extração mas também tem o potencial de gerar um modesto fluxo de caixa para a empresa”, disse Jeff McKenzie, CEO da BBX, em nota.
A BBX assinou um contrato com Marcelo da Silva Pinto ME para testar até 20 toneladas por mês em planta piloto, sendo que o pagamento será feito com parte do metal precioso produzido.
Segundo nota da mineradora, os testes vão ser iniciados imediatamente e, paralelamente, os testes com a rota hidrometalúrgica vão continuar a ser realizados nas instalações da e-Reciclar e Cetec, em Belo Horizonte, e na Nomos Análises Minerais, no Rio de Janeiro.
A BBX disse que ainda não recebeu os mais resultados dos testes hidrometalúrgicos, que são em escala laboratorial com o uso de 150 quilos de amostras coletadas no alvo Ema, parte de Três Estradas.
A mineradora diz ainda que contratou o consultor Reinaldo Magalhães, de Belo Horizonte, para comandar o processo de obtenção e guias de utilização em Três Estados. Com uma guia, a mineradora pode lavrar até 50.000 toneladas de minério de ouro por ano.