Bancos dão US$34 bi à Vale para comprar canadense Inco
11/10/06
Valor obtido é quase o dobro do custo da aquisição
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Às vésperas de fechar a maior aquisição de sua história, a Companhia Vale do Rio Doce obteve, de uma rede de 34 bancos, US$34 bilhões para financiar a compra da produtora canadense de níquel Inco.
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Segundo o diretor financeiro da Vale, Fábio Barbosa, o interesse das instituições de participar no pool de bancos fez com que os recursos oferecidos atingissem US$34 bilhões e, ao mesmo tempo, evitou que os bancos ficassem com uma cota individual entre US$1 bilhão e US$1,5 bilhão, inicialmente ofertada pela empresa.
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– A Vale vai sacar, no entanto, apenas o equivalente à compra, avaliada entre US$17,5 bilhões e US$18 bilhões – afirmou o diretor. – O valor maior da cota por banco foi de US$800 milhões.
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O financiamento dos bancos funcionará como um empréstimo-ponte se a compra for concluída, com prazo de dois anos, podendo ser prorrogado por até sete anos. Com isso, explicou o diretor, fica mantido o perfil de endividamento da companhia.
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A Vale do Rio Doce é a maior companhia diversificada de mineração das Américas e uma das quatro maiores empresas do setor de mineração no mundo, com valor de mercado de aproximadamente US$50 bilhões. A empresa também produz cobre, bauxita, potássio, alumina e alumínio, entre outros produtos. Com a aquisição da Inco, torna-se um grupo importante no segmento de níquel.
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Segundo Barbosa, a oferta consiste em 86 dólares canadenses por ação da Inco, em dinheiro, por 100% do capital da companhia canadense, em cerca de 231 milhões de ações. A oferta da mineradora brasileira é válida até 21h (horário de Brasília) do dia 16 de outubro, mesmo dia em que os principais executivos da companhia, como Barbosa, estarão na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) para o “CVRD Day”. Mas, segundo Barbosa, a comemoração na NYSE é anual e a data “foi uma coincidência”.
O Globo