Artigo | Sem mineração não haverá próxima geração
06/10/17
Minha neta Melissa, de 10 anos, sabe que trabalho com mineração há muitos anos e me surpreendeu outro dia com uma pergunta misturada com acusação. Por que vocês querem acabar com todas as florestas e animais do Brasil?
Melissa, senta aqui que eu vou te explicar que o quê te falaram não é exatamente assim. Quando você acordou e acendeu a luz usou o fio de cobre que chegou ao vidro da lâmpada. Depois abriu a porta do banheiro pela maçaneta que é de ferro para escovar os dentes com creme dental que contém caulim e fosfato. Ou seja, não existe vida sem mineração!
Quando a informação chega truncada o senso comum aflora e ao ver uma montanha sendo minerada, que irá gerar calcário e consecutivamente cimento, por exemplo, o que se pensa apenas é na paisagem e na questão ambiental.
A mineração é necessária e fundamental para a qualidade de vida das pessoas que usufruem dela, mas também das próximas gerações. A atividade exercida com responsabilidade gera riqueza, desenvolvimento social e protege nossos rios e florestas.
Em muitos municípios, em virtude dessa falta de informação, aparecem movimentos para proibir a mineração. É uma visão simplista e uma bandeira simpática de ser defendida por quem não consegue ter uma visão ampla da situação.
Ao elaborar e discutir o Plano Diretor Municipal, as câmaras de vereadores, prefeitos e entidades devem levar em conta todo o potencial da atividade minerária. É o momento de alinhar o desenvolvimento municipal com a geração de emprego e renda e com a preservação ambiental.
Tenho visitado prefeitos em diversos municípios do Estado de São Paulo defendendo e explicando como e para quê serve a mineração, que é a base das cadeias produtivas, já que ela não começa e acaba em si mesma.
Continuamos trabalhando intensamente no Governo do Estado de São Paulo para promover a chamada mineração responsável, onde o empreendedor privado tem que se valer das melhores técnicas para atender os requisitos regulatórios e ambientais, seguir de forma inequívoca todas as obrigações legais, seja de ordem fiscal ou trabalhista, e estar inserido no contexto social das comunidades vizinhas.
Vamos continuar insistindo para que os municípios realizem o planejamento territorial e urbano de suas regiões contemplando e estimulando a mineração em locais apropriados para a produção de agregados, atendendo o protocolo de mudanças climáticas e buscando soluções para a redução da pegada de CO2.
É assim, com responsabilidade e diálogo, que conseguiremos colocar os minerais e o meio ambiente lado a lado para que as próximas gerações possam aproveitar o desenvolvimento que a mineração gera.