Aposta jovem: Setores em expansão pedem novos especialistas
06/10/08
APOSTA JOVEMSetores em expansão pedem novos especialistas
Empresas ampliam demanda por profissionais com nível superiorEDUARDO CAMPOS LIMARENATA DE GASPARI VALDEJÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em um cenário de economia competitiva e em expansão, as empresas costumam olhar com mais atenção para os currículos de jovens candidatos.Atualizados, cheios de idéias e já com alguns anos de experiência profissional, eles chegam a ser caçados em alguns setores. É o que acontece, por exemplo, nos campos de mineração, exploração de petróleo e engenharia, que vêem no novato o perfil ideal para preencher a demanda por especialistas.Os setores que mais empregam jovens de 25 a 30 anos com nível superior são os de serviços, administração pública, indústria, comércio e construção civil, aponta o Ministério do Trabalho e Emprego.Para saber que nichos desses setores oferecem boas oportunidades de carreira, a Folha entrevistou consultores e empresas. Eles apontaram seis ramos de atuação: mercado financeiro, construção civil, exploração de petróleo e gás, mineração, varejo e indústria automobilística (leia mais sobre eles nas próximas páginas).O setor público não será abordado porque não tem muito peso na contratação de jovens com nível superior no Estado de São Paulo. São 47 mil jovens (de 25 a 29 anos) funcionários públicos estatutários -17,15% do total de 274 mil.”Em São Paulo, o serviço público é menos representativo do que em outras regiões. Com um setor privado mais forte e dinâmico, sua importância como gerador de empregos é menor”, explica Nelson Marconi, 43, professor de economia do setor público da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).Retenção de talentosEnquanto isso, no setor privado, algumas empresas oferecem treinamento, incentivo ao crescimento na carreira, bons salários e clima informal para reter jovens talentos.O estudo “Empresa dos Sonhos dos Jovens”, realizado pela consultoria Cia. de Talentos neste ano, mostra que bons salários são o maior chamariz para 86% dos 27.661 entrevistados de 18 a 25 anos. Em segundo lugar ficou a chance de crescimento profissional (84%).Para Fátima Rossetto, consultora da DBM, algumas empresas preferem formar talentos desde o programa de estágio, e outras buscam esses profissionais no mercado, apostando na formação gerencial.Seu conselho para quem busca boa posição é fazer contatos, acompanhar o mercado e ter clareza sobre o que quer.
Folha de S.Paulo